ONU pede doações para que refugiados palestinos possam começar ano letivo
Amã, 26 jul (EFE).- A agência das Nações Unidas para os refugiados palestinos (UNRWA) pediu neste domingo doações urgentes para permitir o início do ano letivo sem atrasos para meio milhão de estudantes palestinos em todo Oriente Médio, perante o déficit de US$ 101 milhões registrado pelo organismo.
A Comissão Consultiva da UNRWA se reuniu hoje na capital da Jordânia, Amã, para analisar o “crescente risco” de ter de atrasar o começo do ano letivo em 700 colégios em toda a região, se não conseguir sanear esse déficit.
A agência fez um apelo aos doadores internacionais para que “deem um passo à frente com fundos cruciais para permitir que o ano letivo comece sem interrupções”, segundo um comunicado.
O atraso do ano letivo geraria “ansiedade e desespero” para centenas de milhares de estudantes e também teria “repercussões” nos países que hospedam os refugiados palestinos.
“Nossas escolas oferecem um pouco estabilidade em uma região muito instável”, afirmou a UNRWA.
A agência destacou que o atual déficit é o “mais severo” que jamais registrou e que não tem fundos para “garantir a provisão estável dos serviços educativos a partir de setembro”.
Por sua parte, ao término de uma reunião do Conselho de Ministros, o governo jordaniano pediu hoje aos doadores internacionais que ajudem à UNRWA e criticou o fato de que a agência tenha que cortar seus serviços educativos ou sanitários devido à falta de fundos.
A Jordânia hospeda atualmente 1,8 milhão de refugiados palestinos.
A UNRWA opera na Jordânia, na Síria, no Líbano, na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, onde se encontram a maior parte dos cinco milhões de refugiados palestinos. EFE
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