ONU pede Trípoli e Tobruk que parem com enfrentamentos e negociem na Líbia
Argel, 4 jun (EFE).- O enviado especial da ONU para a Líbia, Bernardino León, pediu nesta quinta-feira aos dois governos em conflito no país que interrompam os enfrentamentos armados para poder alcançarem uma solução política.
Em entrevista coletiva em Argel ao fim de dois dias de trabalhos preparatórios para a crucial reunião prevista para a próxima semana no Marrocos, na qual os dois governos líbios em conflito sentarão à mesa, o diplomata espanhol insistiu que essa é a única via para conter de forma eficaz o terrorismo que avança no país.
León reconheceu que as dificuldades e os obstáculos são muitos ainda, mas expressou sua confiança na capacidade de negociarem.
“A chamada é muito clara, é uma chamada à responsabilidade, ao acordo e à formação de um governo de união nacional. Escutamos a mensagem e tenho certeza que os líbios também, claramente”, afirmou.
Na mesma linha se expressou o ministro argelino de Assuntos Norte-africanos e Africanos, Abdelkader Mesahel, que destacou “a forte vontade” e o compromisso dos chefes de partidos políticos e dos ativistas líbios presentes em Argel.
Mesahel destacou a seriedade, o espírito democrático e “a troca franca entre os participantes, que aproveitaram a oportunidade para pedir a todas as partes para encontrar uma solução política, longe de toda ingerência estrangeira”.
Na quarta-feira, no início da reunião preparatória, León advertiu que a situação na Líbia “chegou ao limite” e afirmou que, se um acordo não for alcançado em breve, o país se transformará em “um Estado fracassado”.
“Se as partes líbias não entenderem que a Líbia chegou ao limite, o resultado pode ser a Líbia se transformar em um Estado fracassado”, alertou o diplomata, que está muito preocupado com a péssima situação econômica do país e o avanço territorial dos jihadistas. EFE
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