ONU pede US$ 705 milhões para cobrir necessidades humanitárias na Palestina

Jerusalém, 12 fev (EFE).- Agências de proteção da ONU solicitaram nesta quarta-feira na cidade de Ramala, na Cisjordânia, US$ 705 milhões para cobrir as necessidades humanitárias de 1,6 milhão de palestinos.

O valor, segundo as agências das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) e de Ajuda aos Refugiados Palestina (UNRWA) serviria para cobrir as necessidades atuais da população da Cisjordânia e, especialmente, Gaza.

“O ano de 2014 foi trágico para a Palestina, com um intenso aumento das necessidades humanitárias”, disse o coordenador humanitário residente da ONU, James W.Rawley. Segundo o funcionário, 100 mil pessoas não podem retornar aos seus lares devastados na ofensiva militar israelense do ano passado.

“Na Cisjordânia milhares de pessoas vivem em insegurança crônica pelo risco de perder suas casas ou sua forma de vida como consequência das demolições”, denunciou Rawley.

Dias atrás, Rawley expressou preocupação pelo aumento das demolições israelenses de estruturas palestinas e solicitou com urgência seu fim.

De acordo com o plano desenhado ao lado de instituições que trabalham na região, são necessários US$ 705 milhões para realizar 207 projetos selecionados propostos por 77 organizações nacionais e internacionais e da ONU.

Segundo o documento, 75% do orçamento tem como destino Gaza, onde o processo de reconstrução após os 50 dias de conflito segue paralisado depois que os países doadores não transferiram as contribuições acertadas, segundo criticaram várias organizações.

“Se não contamos com um apoio total dos doadores para este plano, 22 mil famílias podem seguir deslocadas. Mais ainda, até 1,6 milhão de pessoas nos territórios palestinos ocupados se veriam privadas de serviços de água e saneamento adequados e assistência alimentícia, enquanto o acesso à assistência sanitária básica e educação estariam ameaçadas”, advertiu Rawley.

De acordo com o site da OCHA, no ano passado foram pedidos US$ 928 milhões para cumprir com o planejamento proposto, mas só foi arrecadado 47% desse valor. EFE