ONU prepara corredor humanitário no Iraque após bombardeio americano

  • Por Agencia EFE
  • 08/08/2014 13h22

Nações Unidas, 8 ago (EFE).- A ONU anunciou nesta sexta-feira que prepara um corredor humanitário para facilitar a fuga de civis de algumas regiões do Iraque após o início da intervenção americana contra as milícias jihadistas do Estado Islâmico (EI).

“Agora que os ataques aéreos começaram, a ONU no Iraque está preparando urgentemente um corredor humanitário para permitir que os civis deixem as áreas ameaçadas”, indicou em comunicado o representante especial da ONU no país árabe, Nickolay Mladenov.

O Pentágono informou hoje que dois aviões americanos dispararam bombas guiadas por laser contra peças de artilharia do EI perto de Erbil, no norte do Iraque, uma ação militar que chegou menos de 12 horas depois do presidente Barack Obama ter autorizado o uso da força.

A intervenção americana ocorre em paralelo a uma operação de assistência humanitária aos grupos minoritários, que foram deslocados devido à fustigação dos extremistas islâmicos no norte do Iraque.

De acordo com as autoridades locais, o avanço dos jihadistas provocou a fuga de cerca de 200 mil pessoas, em sua maioria yezidi curdos e cristãos, que se encontram isolados e com necessidade urgente de água, comida, remédio e refúgio.

Em seu comunicado, Mladenov não apresentou mais detalhes sobre o corredor humanitário, embora tenha expressado sua satisfação pela “cooperação entre o governo do Iraque, o governo regional do Curdistão e a comunidade internacional para ajudar a prevenir o genocídio e combater o terrorismo”.

O representante da ONU ressaltou que o Iraque “continua no meio de uma crise existencial” e, por isso, pediu cooperação a todos os líderes políticos do país.

“Chamo a todos a resolver urgentemente suas diferenças e a deixar de impulsionar ou utilizar reuniões públicas e protestos para avançar em seus objetivos individuais”, disse Mladenov aos políticos iraquianos.

Nesse aspecto, o representante da ONU defendeu a nomeação de um primeiro-ministro capaz “de conseguir um amplo apoio parlamentar e unir o país”.

Nos últimos dias, o Conselho de Segurança da ONU advertiu sobre o perigo que o avanço jihadista no Iraque representa para a paz e a segurança no Oriente Médio, assim como a perseguição sistemática das minorias. EFE

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