ONU teme por situação no Oriente Médio após sumiço de jovens israelenses
Nações Unidas, 23 jun (EFE).- A ONU qualificou nesta segunda-feira de “crítica” a situação no Oriente Médio e exigiu que todas as partes assumam responsabilidades, em meio ao aumento da tensão por causa da operação militar israelense contra o Hamas após o desaparecimento de três jovens judeus na Cisjordânia.
“Com as discussões de paz suspensas desde o final de abril e apesar da moderação que mostraram inicialmente as partes, a situação no terreno voltou a ficar muito volátil, com vários eventos preocupantes”, disse o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Políticos, Jeffrey Feltman.
Em um discurso perante o Conselho de Segurança, Feltman relatou a situação criada após o desaparecimento de três estudantes israelenses perto de Hebron, que aparentemente foram sequestrados, e as ações realizadas pelo governo de Israel após o episódio.
Além disso, mostrou preocupação pela greve de fome que presos palestinos estão realizando, pelo anúncio de novos assentamentos e pela violência em Gaza.
“Todos estes assuntos, sobre os quais a ONU se pronunciou de maneira inequívoca, só podem ser resolvidos se as partes atuarem de forma responsável e com moderação”, afirmou o diplomata.
Segundo Feltman, só a partir disto será possível voltar ao caminho das negociações de paz.
A ONU informou os membros do Conselho de Segurança sobre o aumento “significativo” do número de palestinos detidos, assassinados e feridos no último mês. O organismo afirmou ainda que 12 membros das forças de segurança israelenses ficaram feridos.
Feltman disse que a violência está complicando as tarefas do novo governo de unidade palestino e criticou a continuidade da construção de assentamentos israelenses considerados “ilegais sob a legislação internacional”.
“As duas partes têm a responsabilidade de exercer a máxima moderação para conter o que se transformou rapidamente em uma situação de segurança crítica no terreno, restaurar a calma e buscar oportunidades para voltar ao processo de negociação”, discursou. EFE
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