ONU vê progressos na resposta contra o ebola na África

  • Por Agencia EFE
  • 11/12/2014 19h30
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Nações Unidas, 11 dez (EFE).- A ONU está vendo progressos na resposta contra o ebola na África Ocidental e acredita que em um futuro não muito distante a transmissão da epidemia possa diminuir em algumas regiões se for cumprida uma série de condições.

A análise foi feita nesta quinta-feira por David Nabarro, nomeado para coordenar o trabalho das distintas agências da ONU que atuam nos países mais afetados, ao resumir como viu a situação após sua última visita à região, que terminou na semana passada.

Em entrevista coletiva, Nabarro disse que se sentia “inspirado pelo progresso” constatado na recente visita pela “qualidade e a cobertura” da resposta contra a epidemia, comparado com o panorama que viu em sua viagem anterior, no último mês de setembro.

“Acho que não estamos tão mal. É possível que a transmissão possa terminar em um futuro não distante em Serra Leoa se for mantido o atual plano de instalação de leitos de tratamento e se não houver deslocamentos em outras regiões”, comentou.

Os países mais afetados pelo atual surto são Libéria, Serra Leoa e Guiné. Segundo os últimos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de mortos pela epidemia é de 6.055, enquanto os infectados são 17.111.

Nabarro, no entanto, se mostrou muito cauteloso na hora de definir datas ou objetivos em relação a esta doença. A ONU vem insistindo que há situações imprevisíveis nesta epidemia e há algumas regiões das quais não se tem informação suficiente.

O alto funcionário das Nações Unidas disse que a epidemia ocorre em centenas de pequenos surtos repartidos pela região, todos em diferentes níveis de evolução e com distinta intensidade.

“Em algumas áreas o número de novos casos se reduz dia a dia, mas em outros ainda está aumentando”, acrescentou.

Nabarro disse ainda que foi possível perceber uma redução nas regiões nas quais as comunidades se dedicaram a lutar contra este mal.

Por exemplo, no caso de Serra Leoa, o segundo país mais afetado, com 1.600 mortos, na zona oriental a transmissão se reduziu, enquanto na ocidental ainda é “muito intensa”, motivo pelo qual os esforços estão se concentrando nessa região.

Nabarro também expressou sua preocupação pela situação no norte da Guiné, na zona fronteiriça com o Mali.

O funcionário da ONU qualificou como “muito alto” o nível de coordenação entre as distintas agências da ONU e dos esforços de ONGs que trabalham na região, como os Médicos sem Fronteiras (MSF), mas também ressaltou uma série de carências que devem ser resolvidas, como trajes especiais para evitar o contágio, veículos, gasolina e equipamentos de comunicações. EFE

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