OPAQ informa que a Líbia completou a destruição de suas armas químicas
Bruxelas, 4 fev (EFE).- A Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) e a Líbia informaram nesta terça-feira que o país norte-africano completou a destruição das armas químicas que ainda tinha do antigo arsenal do regime de Muammar Kadafi.
A Líbia destruiu no último dia 26 de janeiro “o que restava de gás mostarda para carregar projéteis de artilharia e bombas aéreas”, segundo um comunicado da organização com sede em Haia.
O anúncio aconteceu após a visita do diretor-geral da OPAQ, Ahmet Uzumcu, assim como de representantes da Alemanha, Canadá e Estados Unidos – os países que ajudaram à Líbia a destruir esse arsenal – e do ministro das Relações Exteriores líbio, Mohammed Abdulaziz, ao local onde ficava o arsenal.
Uzumcu declarou, segundo o comunicado, que a destruição desse armamento “foi um desafio árduo, que se realizou em circunstâncias tecnicamente difíceis”, ao mesmo tempo em que destacou a cooperação líbia.
A OPAQ verificou em janeiro de 2012 a existência de armas químicas não declaradas que foram descobertas meses antes pelo Conselho Nacional de Transição líbio após a queda do regime de Kadafi.
Os analistas determinaram então que as armas químicas declaradas consistiam especialmente de mostarda sulfurada, conhecida também como gás mostarda, que não tinha sido carregada em munição e que agora foi destruída.
A OPAQ é a encarregada de promover a aplicação da Convenção sobre Armas Químicas, o tratado global que entrou em vigor em 1997 para proibir o uso de armas de destruição em massa.
A organização, que foi agraciada com o Prêmio Nobel da Paz em 2013, promove, além disso, a cooperação na esfera do uso das armas químicas com fins pacíficos.
Alemanha, Canadá e EUA proporcionaram assistência ao novo governo líbio para completar essa destruição do que restava do arsenal químico de Kadafi.
O processo de destruição dos precursores químicos que ainda estão em poder da Líbia, que se uniu à OPAQ em 2004, terá que estar concluído em dezembro de 2016, segundo o organismo. EFE
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