OPAQ suspeita de novo ataque químico no norte da Síria

  • Por Agencia EFE
  • 25/03/2015 16h54
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Bruxelas, 25 mar (EFE).- A Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) expressou nesta quarta-feira sua “preocupação” com um novo suposto ataque com substâncias químicas no norte da Síria e lembrou que sua missão de investigação no país continua.

“Estivemos acompanhando os recentes relatórios que sugerem que podem ter sido utilizados agentes químicos tóxicos na província de Idlib, na Síria. Isto é um assunto de grande preocupação”, declarou o diretor-geral da OPAQ, Ahmet Üzümcü.

Üzümcü explicou que a organização decidiu continuar com sua missão de investigação na Síria, que tem o mandato de “examinar todas as alegações sérias de utilização de químicos tóxicos para propósitos hostis” nesse país.

“A continuação do trabalho da missão foi aprovada pelo Conselho Executivo da OPAQ e pela resolução 2209 do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, apontou.

Grupos opositores denunciaram hoje um ataque com substâncias químicas na cidade de Binish, na província de Idlib, e acusaram as autoridades sírias.

O presidente da Coalizão Nacional Síria (CNFROS), Khaled Khoja, assinalou em comunicado que a aviação do regime de Bashar al Assad lançou ontem barris de explosivos com gás cloro na cidade.

Na semana passada, o Observatório Sírio de Direitos Humanos apontou que pelo menos seis pessoas morreram, entre elas três menores, e várias dezenas ficaram feridas em um ataque aéreo do regime em Sarmin, no qual, segundo opositores, foi usado gás cloro.

No início deste mês, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução que condenava o uso de substâncias químicas no conflito sírio.

Em setembro, a OPAQ e a ONU deram por desmantelado o arsenal químico declarado pelo regime de Damasco, após o envio de uma missão conjunta de especialistas para solo sírio no ano anterior.

Essa missão foi realizada na Síria em outubro de 2013, após um ataque químico dois meses antes nos arredores de Damasco. EFE

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