Opep diz que não há necessidade de pânico por baixos preços do petróleo

Abu Dhabi, 10 nov (EFE).- O secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Abdullah bin al-Badri, pediu nesta segunda-feira que o pânico não se estenda nos mercados de petróleo pela atual tendência de queda dos preços dos barris.

Durante uma sessão de debates na Conferência Internacional do Petróleo de Abu Dhabi, realizada na capital, Badri ressaltou que “não há necessidade de sentir pânico porque a situação melhorará de maneira espontânea”.

O secretário também sustentou que tanto os países produtores como os consumidores estão satisfeitos com preços que girem em torno dos US$ 100 por barril.

“Nos últimos cinco anos, não vimos nenhum descontentamento por parte dos consumidores ou dos produtores…seja o preço US$ 100, 110 ou 95, porque essas cotações são satisfatórias para eles”, ressaltou Badri.

Em 6 de novembro, o analista líbio expressou sua confiança de que as cotações do petróleo, que atualmente estão um pouco acima dos US$ 80 por barril, se recuperem em meados de 2015.

Badri negou hoje que a Opep prefira que o preço esteja elevado ou baixo, e indicou que os altos preços provocam a diminuição da demanda, ao mesmo tempo que os baixos geram um retrocesso do investimento na produção de petróleo.

Por sua vez, o ministro emiratí do Petróleo, Suheil bin Mohammed al Mazrui, minimizou o assunto da redução dos preços ao assegurar que “não é um grande problema. Por isso que não há necessidade para sentir medo com relação aos preços do petróleo”.

Seu colega kuwaitiano, Ali al Omeir, concordou com essa posição ao afirmar que “o retrocesso nas cotações preocupa, mas não até o ponto de provocar pânico”.

Além disso, Omeir descartou que a Opep vai tomar medidas para diminuir o teto da produção de petróleo durante sua próxima reunião, programada para 27 de novembro. EFE