Opep e Rússia garantem cooperação para estabilizar mercados de petróleo
A Rússia e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) afirmaram nesta segunda-feira que estão comprometidas e dispostas a cooperar para garantir “mercados estáveis e previsíveis” de petróleo.
O secretário-geral da Opep, o nigeriano Mohammad Barkindo, e o ministro de Energia da Rússia, Alexander Novak, mantêm hoje um encontro em Viena dentro de um diálogo anual que realizam sobre energia.
O encontro acontece no momento em que os 14 países da Opep e outros produtores que não pertencem ao grupo estão intensificando os contatos para concretizar um possível congelamento da produção, que possivelmente será confirmado na reunião ministerial da organização no dia 30 de novembro.
“Estamos comprometidos com mercados estáveis e previsíveis: pela continuidade da boa saúde da indústria e dos investimentos, em benefício dos produtores e consumidores, e pelo bem da economia mundial”, declarou Barkindo antes da reunião.
Na reunião ministerial em Viena, os países produtores querem referendar um pré-acordo alcançado pela Opep em setembro na Argélia, que prevê limitar a produção para uma faixa entre 32,5 e 33 milhões de barris diários de petróleo, cerca de 1 milhão a menos que o nível atual.
A Rússia é atualmente o maior produtor mundial de petróleo, com cerca de 11 milhões de barris diários, à frente da Arábia Saudita, o país que tem mais peso dentro da Opep.
A reunião de Novak com o secretário-geral da Opep acontece após sua visita à Arábia Saudita, onde se reuniu com o ministro do Petróleo, Khaled al Faleh, e apoiou os esforços da organização para estabilizar o mercado. No entanto, o ministro russo não quis revelar números concretos sobre um teto de produção.
Novak voltou a reiterar hoje, antes da reunião com Barkindo, a disposição da Rússia para cooperar em um teto conjunto de produção, o que, segundo ele, “ajudaria a reduzir a volatilidade e a tornar o mercado mais estável”.
O secretário-geral da Opep indicou que o mercado está se reequilibrando e que a decisão tomada pelo grupo na Argélia tinha ajudado a deter “uma maior deterioração dos preços e a reduzir a volatilidade”.
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