“Operação antiterrorista” no sudeste da Ucrânia foi suspensa, diz jornal

  • Por Agencia EFE
  • 24/04/2014 12h38

Kiev, 24 abr (EFE).- As autoridades da Ucrânia suspenderam a “operação antiterrorista” lançada nesta quinta-feira contra milicianos pró-Rússia na cidade de Slaviansk, no sudeste do país, pelo risco de uma invasão russa, revelou uma fonte dos serviços de segurança ucranianos ao jornal local “Kiev Post”.

Aparentemente, o governo da Ucrânia decidiu revisar seus passos na “operação antiterrorista” depois que seus serviços de inteligência informaram sobre um importante aumento do risco de que as tropas russas possam entrar em território ucraniano.

O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, anunciou hoje mesmo o início de manobras militares na fronteira com a Ucrânia em resposta às ações do exército ucraniano contra os milicianos pró-Rússia, que já deixaram pelo menos cinco mortos, segundo reconheceram as autoridades ucranianas.

“Nos vemos obrigados a reagir diante de como a situação está se desenvolvendo. A partir de hoje, iniciamos manobras de batalhões táticos (…) nas regiões de fronteira com a Ucrânia”, disse o ministro russo.

Soldados dos diferentes ramos das Forças Armadas russas “ensaiam marchas e envios de tropas para cumprir missões”, enquanto a aviação se prepara para realizar voos para ensaiar “ações nas proximidades da fronteira estatal”, acrescentou.

O Ministério do Interior ucraniano informou sobre “cinco terroristas” mortos durante a operação especial realizada hoje contra Slaviansk, controlada por milicianos pró-Rússia armados que contam com grande apoio entre a população dessa cidade de 120 mil habitantes.

Militares ucranianos cercaram a rebelde Slaviansk e avançaram com várias colunas de blindados rumo à cidade, localizada a 120 quilômetros ao norte de Donetsk.

“A distribuição de forças não é justa. Já se deu ordem para usar as armas contra a população civil. Se não pararmos agora essa máquina bélica, haverá muitos mortos e feridos”, ressaltou Shoigu em reunião ministerial, segundo as agências russas. EFE

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