Operação de dois meses contra talibãs afegãos deixa mais de 500 mortos

  • Por Agencia EFE
  • 08/04/2015 16h11
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Cabul, 8 abr (EFE).- Pelo menos 511 pessoas, 418 insurgentes e 93 membros das Forças de Segurança afegãs morreram durante uma operação militar que terminou nesta quarta-feira após dois meses de combates com os talibãs no sudoeste do Afeganistão, informou à Agência Efe general Dawlat Waziri, porta-voz do Ministério da Defesa afegão.

A ofensiva “Zulfaqar” na província de Helmand, a mais importante e longa das realizadas pelo Exército e pela polícia afegãos neste ano, começou em 8 de fevereiro e “terminou hoje oficialmente”, disse o general.

Centenas de insurgentes ficaram feridos e dezenas foram detidos em uma operação que “infringiu importantes baixas aos militantes, que perderam seus maiores refúgios, centros de treinamento e depósitos de armas”, afirmou o porta-voz.

As ações das forças afegãs começaram em dois dos distritos mais inseguros da província, Sangin e Kajaki, e se estenderam depois por regiões vizinhas, destruindo plantações de ópio em áreas que estavam há nove anos sob controle talibã, como a de Trikh-Nawar, segundo Waziri.

O exército e a polícia estabeleceram postos de controle e bases militares para evitar o retorno dos insurgentes a estas regiões.

No entanto, os dois distritos mais inseguros desta província, Disho e Baghran, continuam controlados pelos insurgentes, e o governo lançará uma nova operação para libertá-los, acrescentou.

O porta-voz dos talibãs afegãos, Zabiullah Mujahid, publicou no Twitter que “desde o começo da operação até agora pelo menos 700 pessoas das forças de segurança do governo morreram”, o que não foi confirmado oficialmente.

Mujahid acrescentou que pelo menos 15 postos de controle foram retomados nesta noite pelos talibãs na zona de Sarwan Qala.

Este tipo de ofensiva busca expulsar ou debilitar os insurgentes antes de os talibãs empreenderem os ataques que tradicionalmente lançam na primavera, especialmente em áreas de difícil acesso no inverno.

A Otan encerrou no fim do ano passado sua missão de combate no Afeganistão, a Isaf, que foi substituída em janeiro pela operação Apoio Decidido, em que quatro mil soldados prestam assistência e capacitação aos corpos de segurança afegãos.EFE

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