Operação em casa de advogado é parte de investigação internacional, diz PF
Uma operação da Polícia Federal (PF) deslocou hoje (24) cerca de 50 agentes e um caminhão do Grupo Antibomba para a quadra residencial 104, no bairro Asa Norte, em Brasília. O foco da operação foi um apartamento no terceiro andar do Bloco K, onde funciona um escritório de advocacia. No apartamento, moram o advogado, a esposa e o bebê do casal, de aproximadamente 5 meses. O advogado é suspeito de cumplicidade com terroristas, que se converteu ao islamismo e já trabalhou na Casa Civil da Presidência da República durante a gestão de Dilma Rousseff.
Marcelo Bulhões dos Santos pertence à corrente sunita e frequenta com regularidade a mesquita da capital federal.
A operação teve início às 8h e os policiais só saíram do local por volta das 13h45. A PF não deu detalhes sobre a ação, mas informou que se trata de uma investigação internacional. Os agentes saíram da residência com três malotes contendo computadores e pen drives.
De acordo com as leis brasileiras, a polícia só pode entrar em escritórios de advocacia na presença de um advogado. Por esse motivo, também participou da operação um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o advogado Mauro Lustosa.
Lustosa contou que quando os policiais chegaram na residência, acompanhados de um cão, o morador do apartamento pediu que eles esperassem até que sua mulher vestisse uma burca, traje feminino típico da religião muçulmana. O advogado disse ainda que, durante a vistoria dos agentes na residência, o bebê ficou chorando no colo da mulher, e o casal não apresentou resistência à presença dos policiais.
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