Operação para evitar ataques jihadistas na Tunísia detém 35 pessoas
Tunísia / Túnis, 5 ago (EFE).- Pelo menos 35 tunisianos foram detidos em “operações preventivas” realizadas nos últimos cinco dias para evitar ataques jihadistas em diferentes regiões do país, informou nesta quarta-feira o Ministério do Interior.
Sete detidos pertencem a uma célula jihadista da cidade de Qairauanm (centro) e estão relacionados com o atentado perpetrado em março no museu do Bardo da capital tunisiana, no qual morreram 21 turistas.
Essa célula “opera em estreita colaboração com elementos jihadistas perigosos, ativos no território da Líbia”, indicou Interior em comunicado.
Por outro lado, seis pessoas foram detidas na cidade de Kef (noroeste), fronteiriça com a Argélia do Kef, por seus vínculos relacionados com grupos armados que se ocultam em zonas montanhosas próximas à cidade.
Segundo a União Nacional de Investigação de Crimes Terroristas dos serviços especiais, o grupo “planejou operações contra estabelecimentos de segurança sensíveis” em Kef e na capital do país.
Além disso, outras 22 pessoas estão “detidas preventivamente” suspeitas de pertencerem a grupos terroristas.
Os diferentes grupos de supostos jihadistas ficarão à disposição judicial uma vez acabados os interrogatórios, segundo o Ministério do Interior.
Estas “operações preventivas” são as primeiras realizadas após a adoção da nova Lei antiterrorrista aprovada pelo parlamento tunisiano o mês passado, que permite à polícia deixar os detidos até 15 dias sem ligar para seus advogados ou parentes.
O país segue em estado de emergência, instaurado desde 4 de julho e prolongado durante dois meses a mais na sexta-feira passada, para tentar controlar o fenômeno jihadista, que já causou a morte de 59 turistas estrangeiros, em dois graves atentados. EFE
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