Operação prende 20 extremistas em duas cidades turísticas da Tunísia

Túnis, 12 fev (EFE).- Forças da Unidade de Investigação de Assuntos Terroristas da Tunísia detiveram 20 supostos radicais islâmicos e desmantelaram uma célula jihadista nas cidades turísticas de Nabel e Hammamet, no norte do país, informou nesta quinta-feira o Ministério de Interior.

Em um comunicado, as autoridades explicaram que os supostos terroristas pertenciam a uma célula salafista extremista denominada “Katibat Abu Marian” (Falanges de Abu Marian) e que se dividia em seis seções.

Cada divisão era especializada em um assunto, desde a localização de possíveis alvos, ao financiamento, recrutamento e organização de sequestros.

Este é o segundo grupo de supostos terroristas detido na última semana pelas autoridades tunisianas, que colocaram a ameaça jihadista como uma de suas prioridades no período pós-revolução.

Outras 33 pessoas, acusadas de planejar atentados terroristas contra o Ministério do Interior e outros centros de segurança nacional foram presos no fim de semana passado e colocados à disposição da justiça.

O juiz responsável por este caso emitiu uma ordem de prisão para 21 dos supostos terroristas e libertou 12 dos acusados. Ontem, o magistrado ditou uma ordem de busca e captura para outros dez suspeitos.

Na terça-feira, uma brigada da Unidade Especial da Guarda Nacional (USGN) matou a um suposto líder terrorista que estava sendo procurado por uma operação policial iniciada na semana passada.

Segundo o porta-voz do Ministério do Interior, Muhammad Ali Larwi, o suspeito, identificado como Saber Materi, de 39 anos, morreu em um tiroteio ao resistir à prisão em Kef, no limite com a Argélia e refúgio de grupos jihadistas que penetram na Tunísia pela fronteira entre ambos os países e que têm como destino a Líbia.

Materi, considerado um alvo prioritário por seu “alto grau de periculosidade”, é acusado de atentados e emboscadas que causaram a morte de cerca de 30 militares tunisianos.

O Ministério do Interior intensificou as operações antiterroristas nas últimas semanas por todo o país, coincidindo com a formação do novo governo de Habib Essid, que pôs fim à transição política na Tunísia. EFE