Oposição aceita participar de reunião preparatória com o governo de Maduro

  • Por Agencia EFE
  • 08/04/2014 16h05
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Caracas, 8 abr (EFE).- A oposição venezuelana participará nesta terça-feira de uma reunião preparatória com o governo de Nicolás Maduro com a intenção de abrir um diálogo, anunciou o secretário-executivo da opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), Ramón Guillermo Aveledo, através de sua conta no Twitter.

“Nesta tarde Falcon, Barboza e eu, pela Unidade, iremos a uma reunião preparatória para determinar as condições de um diálogo”, declarou Aveledo, ao referir-se ao governador de Lara, Henry Falcon, e ao dirigente político Omar Barboza.

“Estarão presentes os chanceleres sul-americanos, como testemunhas. Proporemos nossa agenda e condições”, acrescentou.

O anúncio aconteceu depois que o grupo de oito chanceleres da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), que se encontra desde ontem na Venezuela para tentar impulsionar o diálogo entre as partes, se encontrou hoje com representantes do Executivo e da oposição.

A oposição já se reuniu ontem com os chanceleres da Unasul aos quais entregou uma carta com uma série de condições para que ocorresse o diálogo, entre elas que as conversas sejam transmitidas por rádio e televisão, que haja uma terceira parte de “boa fé”, assim como a anistia aos detidos nos protestos que começaram no último dia 12 de fevereiro.

Também exigiram uma comissão da verdade “independente” que investigue as mortes e as supostas violações dos direitos humanos nos protestos, a renovação dos poderes públicos que estão nas mãos de cargos com o mandato finalizado e o desarmamento de grupos paramilitares supostamente vinculados com o governo.

O chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, declarou que nesta reunião preparatória de hoje, na qual deve estar “a maior parte” dos oito chanceleres sul-americanos, devem ser fixados os pontos da agenda e a metodologia das conversas.

“Em princípio há um acordo do governo nacional e da MUD de pôr todos os pontos sobre a mesa e não permitir que nenhum fique de fora, porque o que se aspira é a conseguir a paz”, comentou.

A Venezuela vive uma onda de protestos contra o governo de Nicolás Maduro desde o último dia 12 de fevereiro que gerou alguns incidentes de violência com um saldo de 39 mortos e centenas de feridos. EFE

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