Oposição barra promessas e discurso de 2013 de Obama deixou muito por fazer

  • Por Agencia EFE
  • 27/01/2014 21h28

Raquel Godos.

Washington, 27 jan (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enfrenta nesta terça-feira um novo discurso do Estado da União com várias de suas promessas do ano passado que não foram cumpridas, no que foi provavelmente o pior ano para ele desde que chegou a Casa Branca em 2009.

Em 12 de fevereiro de 2013 Obama fez o discurso apenas algumas semanas depois de tomar posse do segundo mandato, para o qual foi reeleito em novembro de 2012, e aproveitou para criar uma agenda carregada de compromissos políticos.

No entanto, a polarização cada vez mais extrema no Congresso e a oposição republicana frontal a muitas de suas medidas o impediram cumprir muitas das promessas.

Embora sua equipe não tenha dado muitos detalhes sobre o conteúdo do discurso de amanhã, se espera que Obama volte sobre vários dos pontos que já tratou ano passado à espera que este ano eleitoral aproxime posições com a bancada republicana.

A reforma migratória provavelmente é um dos assuntos mais espinhosos, já que o presidente busca uma lei integral desde sua chegada ao Salão Oval, e 2013 parecia ser o ano para isso, principalmente após a aprovação no Senado de um texto bipartidário que o líder disse apoiar.

Por outro lado, a Câmara dos Representantes, de maioria republicana, fez que não viu o projeto do Senado, e 2013 terminou com esse propósito ainda incompleto.

Outra de suas batalhas no último ano e um de seus objetivos do discurso do 2013 foi aumentar o salário mínimo para US$ 9 a hora, desta vez tema que parece ter feito algum progresso entre os legisladores, mas que mais uma vez foi bloqueado na Câmara dos Deputados.

No discurso de 2013, Obama também pediu aos congressistas que aprovassem uma lei de habitação que, segundo os cálculos da Casa Branca , permitiria as famílias economizar em média US$ 3 mil nas hipotecas, também ficou estagnada no Capitólio.

Um dos momentos mais aplaudidos do discurso do ano passado foi o relativo a regulação do controle de armas, apenas dois meses depois da massacre da escola de primária Sandy Hook na cidade de Newtown (Connecticut), que comoveu o país.

A morte de 20 crianças e seis adultos naquela escola reabriu com mais força do que nunca o debate sobre o controle de armas, e após uma tentativa no Senado de aprovar várias propostas para restringir o acesso as armas de fogo, o assunto foi relegado ao esquecimento.

O próprio Obama emitiu 23 ordens executivas a respeito que foram implementadas, mas não impactaram as estatísticas de violência armada.

Finalmente, outro dos assuntos que tratou há um ano e que ainda não obteve um resultado tangível é o de uma reforma tributária que promova o nascimento de pequenas empresas e a criação de emprego, embora seja provável que os republicanos da Câmara dos Representantes apresentem seu próprio texto a respeito para ser debatido nos próximos meses.

E há poucas semanas, o líder americano anunciou a criação das conhecidas “Zonas Promessa”, cinco espaços selecionados para implantar um programa de reativação econômica e social de pequenas comunidades concretas, como ocorre também com o impulso da manufatura com um complexo situado na Carolina do Norte. EFE

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