Oposição de Burkina Fasso pede que exército não se aproprie da transição

  • Por Agencia EFE
  • 02/11/2014 09h00
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Ouagadogou, 2 nov (EFE).- A oposição e organizações da sociedade civil de Burkina Fasso realizarão neste domingo uma grande manifestação na capital, Ouagadogou, para exigir que o exército não se aproprie da transição aberta após a renúncia do ex-presidente Blaise Compaoré, há 27 anos no poder do país.

A convocação foi feita na tarde de ontem, após o exército ter escolhido como líder do processo transitório o “número dois” da guarda presidencial, o tenente-coronel Isaac Zida, informou neste domingo o portal de notícias “Burkina 24”.

A oposição e organizações sociais exigiram forte participação na gestão da transição, que, na opinião delas, não deve ser “confiscada” pelo exército.

“A oposição política e as organizações da sociedade civil reafirmaram que a vitória da insurreição pertence ao povo”, manifestaram em declaração.

O grupo defendeu o caráter democrático e civil da transição, mesmo pedido feito ontem pela União Africana, que solicitou ao exército de Burkina Fasso que apoie uma transição liderada pela sociedade.

Os protestos serão realizados na Praça da Nação, o epicentro das grandes manifestações contrárias ao prolongamento do mandato de Compaoré e que acabaram forçando a renúncia do até então presidente na última sexta-feira.

Uma relativa calma foi registrada nas últimas horas em Burkina Fasso, que reabriu as fronteiras aéreas. Segundo fontes oficiais, as escolas voltam a funcionar normalmente amanhã. EFE

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