Oposição pede ao governo espanhol criação de alto comitê para crise do ebola

  • Por Agencia EFE
  • 09/10/2014 09h55
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Madri, 9 out (EFE).- O principal partido de oposição na Espanha, o Partido Socialista (PSOE), reivindicou nesta quinta-feira que o governo espanhol crie um comitê de crise de alto nível, liderado pelo presidente de governo Mariano Rajoy, para melhorar a coordenação, o acompanhamento e as informações na crise do ebola.

O porta-voz desse partido no congresso espanhol, Antonio Hernando, declarou hoje que é importante que, diante da inquietação dos cidadãos, o governo dê informações “diárias e pontuais” sobre a evolução da doença e o que vem sendo feito para lidar com a crise.

Até o momento, há um caso confirmado de contágio por ebola na Espanha, da auxiliar de enfermagem Teresa Romero, que fez parte da equipe de saúde que atendeu ao missionário espanhol Manuel García Viejo, morto pela doença no dia 25 de setembro.

O estado de saúde de Teresa piorou nas últimas horas, informou o irmão da paciente, que está internada desde a noite de segunda-feira no Hospital Carlos III de Madri, onde se encontram em observação outras cinco pessoas que tiveram contato com a auxiliar de enfermagem.

O partido socialista propõe que o comitê liderado por Rajoy também seja integrado pela vice-presidente de governo, Soraya Sáenz de Santamaría; pela ministra da Saúde, Ana Mato, e pelos titulares de Interior, Jorge Fernández Díaz; Defesa, Pedro Morenés, e Fazenda, Cristóbal Montoro.

O porta-voz socialista pediu ao chefe de governo “responsabilidade e prudência” e, apesar de acreditar que não é o momento de solicitar a saída da ministra da Saúde, criticou o fato de Rajoy ter aprovado a gestão de Ana Mato quando ainda não se sabe o que aconteceu.

A líder do partido União Progresso e Democracia (UPyD, de centro), Rosa Díez, exigiu que os profissionais assumam o comando na crise do ebola e que “alguém com conhecimento e informações suficientes” ofereça explicações para tranquilizar os cidadãos.

Para Rosa, “cada vez que um responsável político fala sobre esta crise de saúde pública é gerada uma incerteza ainda maior”.

A parlamentar considerou que a ministra da Saúde deve dar explicações, mas não vê a necessidade de exigir agora sua saída. EFE

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