Oposição síria pede ajuda militar urgente para combater o Estado Islâmico
Cairo, 16 ago (EFE).- A opositora Coalizão Nacional Síria (CNFROS) pediu neste sábado à comunidade internacional que faça frente à ameaça do Estado Islâmico (EI) na Síria como fez no Iraque, com “intervenção aérea e armando os rebeldes sírios”.
“Todo o mundo está convidado a intervir de forma rápida e urgente para ajudar o Exército Livre Sírio”, declarou o presidente da CNFROS, Hadi Bahra, que depois se referiu concretamente aos Estados Unidos para que assuma a proteção aérea dos civis.
Além disso, em entrevista coletiva, Bahra instou as Nações Unidas e Washington a armar o exército rebelde para que possa enfrentar os jihadistas do EI que “estão cometendo um massacre na cidade de Aleppo (norte)”, onde nos últimos dias executaram combatentes e civis.
Além disso, denunciou que o EI está cometendo “não só crimes de guerra, mas crimes contra a humanidade” na Síria, onde dezenas de pessoas são executadas a cada dia no norte do país.
“Se a comunidade internacional não fizer algo para evitar o massacre que está sendo cometido contra os sírios, será considerada cúmplice do derramamento de sangue”, advertiu.
Bahra considerou que os rebeldes sírios estão preparados para ganhar, mas precisam de “armas e proteção aérea para seguir lutando”.
Por sua parte, o ex-general do exército sírio e encarregado de questões de Defesa na Coalizão, Mohammed Noor Izz al-Din Jaluf, denunciou que os rebeldes sírios em todo o país estão sendo “massacrados” pelo regime, pelo EI e outras forças jihadistas.
“A situação piorou nos últimos dias, especialmente em Deir ez Zor e Aleppo, onde o EI, após tomar o controle de armas modernas do exército iraquiano, está atacando os rebeldes, que usam armas tradicionais”, disse Jaluf.
A tomada pelo EI de seis localidades esta semana inscreve-se em suas tentativas de controlar do norte de Aleppo, que somaria a suas posições nas províncias orientais de Al Raqqah e Deir ez Zor, onde várias tribos e organizações armadas lhe juraram lealdade perante seu poderio militar.
A organização extremista sunita proclamou no final de junho um califado no Iraque e na Síria, após avançar no terreno. EFE
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