Oposição síria pede reunião de Conselho de Segurança por “ataque químico”

  • Por Agencia EFE
  • 18/03/2015 11h31

Beirute, 18 mar (EFE).- A Coalizão Nacional Síria (CNFROS), principal aliança política da oposição, exigiu nesta quarta-feira que seja realizada uma reunião urgente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), após um suposto ataque químico registrado na segunda-feira pela noite, do que os opositores acusam o regime de Damasco.

A CNFROS atribuiu à comunidade internacional, e mais especificamente aos membros do Conselho de Segurança, a responsabilidade do suposto ataque, que aconteceu “como resultado da situação catastrófica na Síria e do fracasso na hora de adotar decisões para acabar com esta tragédia”, segundo um comunicado.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou ontem que pelo menos seis pessoas, entre elas três menores de idade, morreram na noite anterior após um ataque aéreo da aviação governamental, que possivelmente usou gás de cloro, na cidade de Sarmin, na província setentrional de Idlib.

A aliança opositora lamentou que algumas nações tenham impedido a aplicação das decisões do Conselho de Segurança para evitar o uso de armas químicas e fez menção especial à resolução 2118 e seu artigo 21. O texto, aprovado em setembro de 2013 pelo organismo da ONU, proíbe a utilização de armamento químico e ordena a sua destruição.

O artigo 21 estabelece que em caso de descumprimento da resolução e que se usem armas químicas se imporão as medidas recolhidas no Capítulo VII da Carta da ONU, que permite a imposição de sanções e o uso da força como último recurso.

Por enquanto, a imprensa oficial síria não se pronunciou sobre o suposto ataque químico.

Em setembro, a Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) garantiu em um relatório que tinha provas “convincentes” do uso sistemático e repetido de gás de cloro como arma química na Síria. Nesse mesmo mês, esta organização e a ONU, que enviaram uma missão ao território sírio, deram por desmantelado o arsenal químico declarado pelo regime de Damasco.

A missão foi à Síria em outubro de 2013, após um ataque químico dois meses antes nos arredores de Damasco do que os Estados Unidos culparam o governo sírio, que o negou categoricamente. Devido a esse ataque, os EUA ameaçaram realizar uma intervenção militar no país evitada graças a um pacto com a Rússia, aliada do Executivo de Damasco, pelo qual as duas potências acertaram o desmantelamento do arsenal químico do regime sírio. EFE

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