Oposição venezuelana afirma que estado de exceção tenta suspender eleições

  • Por Agencia EFE
  • 22/08/2015 04h17
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Caracas, 21 ago (EFE).- A coalizão opositora venezuelana Mesa da Unidade Democrática (MUD) afirmou nesta sexta-feira que, com o decreto de estado de exceção assinado pelo presidente Nicolás Maduro, o Executivo tenta suspender as eleições legislativas do próximo dia 6 de dezembro perante “sua derrota iminente”.

Em comunicado intitulado “Estado de exceção, balão de ensaio do regime para tentar suspender eleições perante sua derrota iminente”, a MUD faz um chamado à Organização dos Estados Americanos (OEA), aos chanceleres de Unasul e a toda comunidade internacional perante o que considera “ser a via de escape usada pelo governo para evitar uma derrota” em dezembro.

O presidente da Venezuela decretou nesta sexta-feira o estado de exceção na região de fronteira com a Colômbia do estado de Táchira por 60 dias, prorrogáveis por outros 60, para “restabelecer a ordem, a paz, a tranquilidade e a justiça” no local, após um ataque que deixou três militares e um civil feridos.

Além disso, Maduro prolongou “até próximo aviso” o fechamento da fronteira com a Colômbia pelo estado de Táchira, fechada desde quarta-feira depois desse ataque.

O texto classifica de “insólita e desproporcional” a decisão de Maduro “a apenas 109 dias de cruciais eleições parlamentares” e defende que uma possível suspensão do pleito “colocaria o país e com ele a região inteira perante um muito grave risco de instabilidade e violência”.

No próximo dia 6 de dezembro os venezuelanos estão convocados às urnas para escolher os 167 deputados que formarão a Assembleia Nacional pelos próximo cinco anos, em pleitos nos quais a oposição tentará arrebatar do chavismo a maioria parlamentar. EFE

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