Oposição venezuelana rejeita extensão do estado de exceção em fronteira

  • Por Agencia EFE
  • 16/09/2015 22h20

Caracas, 16 set (EFE).- A aliança opositora venezuelana Mesa da Unidade Democrática (MUD) criticou nesta quarta-feira a ampliação do estado de exceção a outros dez municípios fronteiriços com a Colômbia ordenado ontem pelo presidente, Nicolás Maduro, uma medida que qualificou de “agressão” às vésperas do pleito parlamentar de dezembro.

“Houve uma nova agressão contra o povo venezuelano. O regime estendeu os estados de exceção”, disse o secretário-executivo da MUD, Jesús Torrealba em sua conta no Twitter, em uma das várias mensagens que foram replicadas pela conta da aliança opositora na mesma rede social.

“Faltando 81 dias para eleições, Maduro transforma a fronteira ocidental venezuelana em uma faixa sob estado de sítio”, acrescentou o porta-voz da MUD, que indicou que o presidente “pretende que os venezuelanos que vivem na fronteira votem sob estado de exceção” no dia 6 de dezembro.

Torrealba pediu que sob este cenário, os cidadãos votem pois, “uma montanha de votos o governo não poderá tapar com sua armadilha”.

O porta-voz garantiu, neste sentido, que desde o Governo está sendo tecida uma estratégia para “reduzir” essa montanha de votos “com os estados de exceção”.

Maduro anunciou em 19 de agosto o fechamento fronteiriço em seis municípios do ocidental estado Táchira após denunciar o ataque de supostos paramilitares colombianos contra militares venezuelanos e um civil, e dois dias depois de decretar o estado de exceção nesta zona, ampliou a medida ao estado venezuelano de Zulia.

Desde então o governo venezuelano foi aumentando as zonas fronteiriças intervindas e ontem o presidente anunciou a extensão do estado de exceção ao estado Apresse. EFE

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