Oposição venezuelana vai seguir nas ruas após a última manifestação
Caracas, 18 fev (EFE).- O comparecimento maciço da população na manifestação desta terça-feira em Caracas para acompanhar o dirigente opositor Leopoldo López, que se entregou às autoridades, foi comemorado por seu partido, o Vontade Popular, e por outros políticos que anunciaram novas mobilizações populares.
A primeira delas será o acompanhamento nesta quarta-feira do líder detido, que será transferido para se apresentar nos tribunais.
“O país está fazendo grandes manifestações e concentrações na rua, como as que tivemos hoje, e que continuaremos convocando em toda Venezuela”, disse a deputada María Corina Machado em uma entrevista coletiva na qual confirmou seu apoio a López.
Acrescentou que “cada vez seremos mais, e cada vez mais organizados”.
O deputado do Vontade Popular Juan Gaido anunciou que amanhã será realizada uma mobilização para acompanhar López em sua apresentação nos tribunais, saindo do Palácio da Justiça, enquanto o prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma, anunciou que em breve será convocada uma grande manifestação.
“Povo da Venezuela, movimento estudantil, os convidamos a comparecer no dia de amanhã no Palácio de Justiça. Liberdade plena para Leopoldo López”, declarou Gaido que garantiu a manutenção de uma “agenda de rua com base na Constituição, pacífica, sem flertar com a violência”.
Ledezma comemorou que “apesar de todo o aparato militar e policial presente na cidade de Caracas, a Venezuela saiu às ruas”, enquanto María Corina assegurou que 1 milhão de pessoas marcharam em apoio a López somente na capital do país.
A Venezuela vive um clima de tensão após vários dias de protestos, depois que distúrbios causaram três mortes e deixaram dezenas de feridos em uma manifestação estudantil na quarta-feira passada.
O dirigente de oposição Leopoldo López, que tinha uma ordem de detenção contra si por causa desses incidentes, se entregou hoje à Guarda Nacional (Polícia Militar) após liderar uma grande manifestação de oposição ao governo de Nicolás Maduro no leste da cidade.
O governo responsabiliza López pelos incidentes e culpou os Estados Unidos pela violência em Caracas e em outras cidades nos últimos dias. EFE
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