Opositores pedem liberdade de López, que convoca nova etapa de luta

  • Por Agencia EFE
  • 18/03/2014 18h27

Caracas, 18 mar (EFE).- Dezenas de opositores venezuelanos se concentraram nesta terça-feira perto da prisão militar de Ramo Verde, nos arredores de Caracas, para pedir a liberdade do dirigente opositor Leopoldo López, que convocou uma manifestação no sábado para iniciar uma “nova etapa de luta”.

No dia em que se completa um mês do confinamento de López nessa prisão militar, políticos, estudantes, artistas e familiares estiveram acompanhados por manifestantes que se postaram na praça La Índia, na cidade de Los Teques, nos arredores de Caracas, para protestar contra a detenção de líder opositor, que qualificaram de “injusta”.

O dirigente do partido Vontade Popular (VP), Freddy Guevara, leu uma carta escrita por Leopoldo López na qual fez um chamado à população para marchar no próximo sábado em todas as cidades do país para “iniciar uma nova etapa da luta”.

“Faço um chamado a todo o país para manter e aumentar a pressão até quebrar a ditadura”, escreveu.

López, líder do VP, se entregou à polícia no último dia 18 de fevereiro, após ter sido acusado de incitar à violência no início das jornadas de protesto contra Maduro, em 12 de fevereiro.

“Leopoldo gerou este sentimento de patriotismo na Venezuela, estávamos adormecidos até que ele chegou com todo essa coragem”, declarou à Agência o pai de López, Leopoldo López Gil.

Por sua vez, o prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma, disse a jornalistas que o “sacrifício” de López não foi em vão e assegurou que defende “uma causa justa”.

Ledezma comentou que a concentração perto de Ramo Verde era um ato de “solidariedade” com todo os presos políticos, os estudantes vítimas de tortura, os venezuelanos no exílio e “a família da Venezuela que luta por valores, princípios e liberdade”.

Já a esposa de López, Lilian Tintori, se dirigiu aos manifestantes para afirmar que também vai “dar a cara” para tentar resolver os problemas da Venezuela.

Tintori qualificou seu marido como um “herói da pátria”, que luta pela liberdade do país.

A Venezuela vive desde o dia 12 de fevereiro uma onda de protestos diários contra o governo de Maduro que em alguns casos terminaram em fatos de violência com um saldo de 29 mortos, centenas de feridos e mais de mil de detidos. EFE

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