Opositores venezuelanos são convocados a depor por plano de magnicídio

  • Por Agencia EFE
  • 04/06/2014 19h39

Caracas, 4 jun (EFE).- A procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega, revelou nesta quarta-feira que já foram emitidas intimações para que a ex-deputada María Corina Machado e outros opositores compareçam ao Ministério Público para prestar depoimento sobre um suposto plano magnicida.

“Já foram dadas ordens para que um conjunto de cidadãos, entre eles, Pedro Burelli, María Corina Machado, Diego Arria, Ricardo Koesling, entre outros, compareçam ao Ministério”, disse Ortega em entrevista à rede de televisão “Venevisión”.

“Certamente já devem tê-las recebido”. acrescentou.

Machado, o ex-embaixador Arria, Burelli e o advogado Koesling “devem comparecer ao Ministério Público a partir da próxima segunda-feira (…) para avançar nesta investigação”, disse a procuradora.

O dirigente do Partido Socialista (PSUV) Jorge Rodríguez denunciou há uma semana “um complexo plano dirigido a acabar com a paz” que, segundo disse, incluía um “magnicídio” e um “golpe militar” que já foi abortado.

Para apoiar essa denúncia, Rodríguez mostrou vários e-mails atribuídos a Machado nos quais era possível ler supostas mensagens para diferentes agentes da oposição venezuelana, entre eles, Arria, Burelli e Koesling.

Nos e-mails, além disso, é mencionado o novo embaixador dos Estados Unidos na Colômbia, Kevin Whitaker.

Nas mensagens atribuídas à opositora, Machado supostamente dizia que tinha chegado a hora de acumular esforços e obter “o financiamento para aniquilar Maduro”.

Machado, que denunciou Rodríguez por sete crimes, assegurou que os e-mails correspondem a suas contas, mas são falsos, e que ela não quer nem um magnicídio nem um golpe de Estado, mas que Maduro renuncie. A opositora foi destituída do cargo de deputada depois que tentou participar de uma sessão da Organização dos Estados Americanos (OEA), como parte da delegação do Panamá, para denunciar a violação dos direitos humanos que, segundo ela, ocorre na Venezuela.

Desde o ano passado, o governo venezuelano vem denunciando de maneira reiterada planos de magnicídio e tentativa de golpe de Estado de diversos tipos no país, e acusou os Estados Unidos de participação. EFE

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