Ordem executiva de Obama sobre imigração terá grande impacto econômico

  • Por Agencia EFE
  • 20/11/2014 21h41

Washington, 20 nov (EFE).- A ordem executiva que será anunciada nesta quinta-feira pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para regularizar a situação de cerca de 5 milhões de imigrantes ilegais terá grande e positivo efeito econômico, embora menor do que o previsto na proposta de lei aprovada no Senado em junho de 2013.

A antiga legislação, que ainda não foi ratificada já que permanece estagnada na Câmara dos Representantes, era de maior porte porque não só permitia a regularização de milhões de pessoas, mas também abria as portas da cidadania para um total de 11 milhões de imigrantes que vivem nos EUA.

De maneira preliminar, o Escritório de Orçamento do Congresso dos EUA (CBO, na sigla em inglês) realizou então cálculos sobre a Lei de Segurança Fronteiriça, Oportunidade Econômica e Modernização da Imigração.

Entre 2013 e 2013, ela seria responsável em aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) em 3,3%. Até 2033, segundo o CBO, o crescimento seria de 5,4%. Além disso, reduziria o déficit do país em US$ 200 bilhões na primeira década e cerca de US$ 700 bilhões em 20 anos, algo fundamental em um país com grande desequilíbrio fiscal.

Obviamente, a ordem executiva também teria consequências no mercado de trabalho.

Nesse sentido, e de acordo com dados do Center for American Progress (CAP), um centro de estudos progressista, seriam criados 159 mil novos postos de trabalho nos próximos cinco anos. Os governos local, estadual e federal arrecadariam US$ 144 bilhões em impostos adicionais no período.

“Com só um de cada três imigrantes ilegais trabalhando na economia formal e contribuindo com US$ 12 bilhões em impostos, os EUA perdem cerca de US$ 20 bilhões de receitas por impostos trabalhistas ao ano”, acrescentou um recente relatório do CAP.

Dados os problemas fiscais enfrentados pelos EUA, especialmente para o financiamento dos programas de saúde para idosos (Medicare), a contribuição desses “novos cidadãos” seria de US$ 155 bilhões nos próximos 30 anos, e alargaria a solvência do fundo em quatro anos. EFE

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