Organizador da caça ao leão Cecil é preso por contrabando no Zimbábue
Harare, 15 set (EFE).- O caçador zimbabuano que organizou o safári no qual o americano Walter Palmer matou Cecil, o leão mais famoso do país, foi detido por suposta participação em contrabando de antílopes, informaram nesta terça-feira fontes policiais.
Theo Bronkhorst foi detido ontem depois que a polícia o vinculou com a tentativa de transportar 29 antílopes, no valor de mais de US$ 340 mil, à fronteira com a África do Sul.
“Bronkhorst é acusado de transferir animais sem permissão e de ser cúmplice de contrabando de animais selvagens”, explicou o porta-voz da polícia, Charity Caramba, à emissora estatal o Zimbábue Broadcasting Corporation (ZBC).
No fim de semana, a polícia interceptou um veículo no qual três sul-africanos, com documentação falsa, tentavam atravessar a fronteira com estes animais, valiosos por seus grandes chifres.
O grupo conservacionista Bhejane Truste explicou que os antílopes provinham de uma fazenda ocupada por Bronkhorst perto das Cataratas Victoria, no noroeste do país.
Durante o trajeto, dois antílopes morreram por falta de ventilação no veículo e o resto se encontra em perfeito estado.
Em 28 de setembro, Bronkhorst terá que comparecer perante um tribunal pela organização da caça ilegal na qual Cecil morreu em julho no Parque Nacional de Hwange, no oeste do país.
Aparentemente, Bronkhorst utilizou uma isca para atrair Cecil para fora do parque, de modo que tecnicamente fora legal caçá-lo.
A morte de Cecil suscitou uma polêmica internacional sobre os limites da lucrativa caça esportiva, que atrai pessoas de todo o mundo para transformar animais selvagens em seus troféus.
A maioria dos países do África meridional permite a caça esportiva, com a única exceção de Botsuana, que decidiu proibí-la há poucos dias. EFE
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