Otan diz que não pode verificar destino de armas retiradas da Ucrânia

  • Por Agencia EFE
  • 11/03/2015 08h32
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Mons (Bélgica), 11 mar (EFE).- O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou nesta quarta-feira que a aliança começou a constatar a retirada de armas pesadas da linha de confronto no leste da Ucrânia, mas lamentou que o processo não possa ser verificado por observadores no terreno e se desconheça seu “destino”.

“Estamos vendo a retirada de algumas armas pesadas, mas não está claro qual é seu destino”, disse Stoltenberg em entrevista coletiva no quartel-general militar da Otan, em Mons (Bélgica).

Para o político norueguês, “é importante que a retirada de armamento pesado se complete e possa ser verificada pelos observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE)”.

O secretário-geral disse que a missão de observadores deveria ter “liberdade de movimento para fazer seu importante trabalho de controlar o cessar-fogo e a implementação do acordo de Minsk para se conseguir uma solução pacifica ao conflito na Ucrânia”.

As autoridades ucranianas e os separatistas pró-Rússia assinaram em fevereiro uma nova versão do acordo de Minsk -originalmente pactuado em setembro-, que incluem medidas como um cessar-fogo, a troca de prisioneiros e a retirada de armamento pesado.

“O cessar-fogo no leste da Ucrânia é a melhor base para uma solução pacifica, embora continue sendo frágil. E precisa ser respeitado”, analisou Stoltenberg.

Sobre a retirada do armamento, que as partes em conflito asseguram ter começado, o secretário-geral aliado ressaltou que é preciso “possuir total informação de onde estão as armas agora e quantas são”.

“Não vou entrar em números, mas ainda vemos presença russa e apoio a separatistas no leste da Ucrânia”, algo que Moscou vem “fazendo há muito tempo” por meio do fornecimento de soldados e treinamento, criticou.

Perguntado pelo pedido da Ucrânia de desdobrar na região uma missão de manutenção da paz da União Europeia ou da ONU, Stoltenberg afirmou que isto deveria estar baseado em um acordo entre as partes, algo que não acredita que vá ocorrer. EFE

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