Otan envia aviões a Polônia e Romênia para acompanhar crise ucraniana

  • Por Agencia EFE
  • 10/03/2014 16h03
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Bruxelas, 10 mar (EFE).- O Conselho do Atlântico Norte, o principal órgão de decisão da Otan, decidiu nesta segunda-feira enviar aviões de vigilância AWACS para realizar voos de reconhecimento sobre a Polônia e a Romênia, a fim de realizar um acompanhamento da crise ucraniana.

“Estes voos reforçarão a situação de conhecimento da Aliança. Todos os voos de reconhecimento AWACS serão realizados exclusivamente sobre território da Aliança”, disseram à Agência Efe fontes aliadas.

A decisão dos embaixadores de enviar AWACS a Polônia e Romênia, dois países-membros da Otan que fazem fronteira com a Ucrânia, “faz parte dos esforços da Aliança para o acompanhamento da crise” ucraniana, destacaram.

Os aviões que participarão desta missão de reconhecimento têm sua base em Geilenkirchen (Alemanha) e em Waddington (Reino Unido).

“Esta decisão é uma ação apropriada e responsável em linha com a decisão da Otan de intensificar nossa avaliação em curso das implicações desta crise para a segurança da Aliança”, concluíram as fontes.

Os embaixadores se reuniram no último dia 4 para analisar a crise ucraniana após a entrada de soldados russos na região autônoma da Crimeia a pedido da Polônia, que invocou o artigo IV do Tratado do Atlântico.

Esse artigo possibilita consultas no seio da Aliança cada vez que um de seus integrantes pense que a integridade territorial, a independência política ou a segurança de qualquer membro da Otan possam estar ameaçadas.

Nessa reunião, o Conselho do Atlântico Norte insistiu que a Rússia “segue violando a soberania e integridade territorial da Ucrânia” e advertiu para as “graves implicações” que essa circunstância pode ter para a segurança e a estabilidade regional.

O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, destacou então que a Aliança se comprometia a “intensificar a rigorosa avaliação em curso sobre as implicações desta crise para a segurança”.

A Otan também decidiu na quarta-feira passada suspender o planejamento da primeira missão militar conjunta com a Rússia, para participar da destruição de armas químicas sírias, assim como as reuniões militares ou civis com esse país, perante a escalada da tensão na Crimeia.

Na quinta-feira passada, Rasmussen recebeu na sede da Otan em Bruxelas o primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseni Yatseniuk, a quem transferiu a mensagem da Aliança sobre sua vontade de aumentar a cooperação com esse país.

Em um comparecimento junto a Yatseniuk após esse encontro, Rasmussen indicou à Rússia que no século 21 “não deve haver nenhuma tentativa de redesenhar as fronteiras na Europa” e voltou a pedir a Moscou para retirar suas tropas e a cessar a escalada militar na península da Crimeia. EFE

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