Otan ressalta redução de incidentes e de tropas russas na Ucrânia
Bruxelas, 24 set (EFE).- A Otan ressaltou nesta quarta-feira que detectou uma “redução dos incidentes” e das “tropas russas na Ucrânia”, ao mesmo tempo que ressaltou que a Rússia prossegue com seu “opção de desestabilizar” seu vizinho país.
“Vimos uma redução dos incidentes e das tropas regulares russas na Ucrânia”, disse à Agência Efe o porta-voz adjunta da Aliança, Carmen Romero.
Romero acrescentou que, no entanto, “ainda restam forças especiais russas na Ucrânia e uma presença militar russa significativa na fronteira” desse país com a Ucrânia.
O porta-voz ressaltou que enquanto a Aliança “dá as boas-vindas a todos os esforços para conseguir uma solução pacífica, a Rússia mantém sua opção de desestabilizar a Ucrânia”.
A Otan condenou a anexação que a Rússia realizou em março da península ucraniana da Crimeia, ao mesmo tempo que sublinhou que a considera “ilegal” e “ilegítima” e que nunca a reconhecerá.
Após essa anexação, com a manutenção da presença militar russa nesses territórios orientais ucranianos e o apoio que desde Moscou chegou às milícias separatistas pró-russas, a União Europeia (UE) e os Estado Unidos impuseram uma série de sanções econômicas e diplomáticas a Moscou.
Desde 5 de setembro, é mantida uma trégua entre a Ucrânia e os separatistas pró-Rússia, embora tenham ocorrido episódios de violência.
Os separatistas pró-Rússia denunciaram hoje a morte de dois civis por um ataque com artilharia das forças de Kiev contra um bairro residencial da cidade oriental ucraniana de Donetsk.
Os rebeldes também denunciaram outras violações do cessar-fogo por parte das tropas ucranianas, que teriam ocorrido na última hora de terça-feira junto ao aeroporto de Donetsk, controlado pelas forças de Kiev, embora rodeado pelos pró-Rússia.
Por sua vez, o coordenador do portal “Resistência Informativa”, Dmitri Timchuk, muito próximo às forças de Kiev, atribuiu aos separatistas diversos disparos com tanques e denunciou mais de meia centena de violações da trégua por parte dos rebeldes durante as últimas 24 horas nas regiões orientais de Donetsk e Lugansk.
Segundo a ONU, mais de três mil pessoas morreram desde abril nessas duas regiões, onde antes da explosão rebelde armada contra Kiev viviam mais de 8 milhões de pessoas.
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