Outros países europeus também devem acolher refugiados, diz Angela Merkel

  • Por Agência Brasil
  • 07/09/2015 10h01
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EFE/Zoltan Balogh Imigrantes após cruzar a fronteira entre a Hungria e a Sérvia

A chanceler alemã, Angela Merkel, exigiu nesta segunda-feira (7) solidariedade dos países europeus para combater a crise dos refugiados. Angela Merkel disse que a Alemanha é um país aberto ao acolhimento de pessoas que precisam de ajuda, mas que “outros países europeus também devem acolhê-los”. Merkel fez o pedido ao apresentar um pacote de medidas para ajuda aos refugiados.

“Os perseguidos políticos devem encontrar apoio em todos os países europeus e não só na Alemanha”, afirmou a chanceler, ao lembrar que o acordo de Dublin (lei da União Europeia para agilizar candidatura dos refugiados que pedem asilo político) permanece em vigor. Durante o fim de semana, foram registrados mais de 15 mil pedidos de asilo só na Alemanha.

Merkel também agradeceu às autoridades e voluntários que cooperaram para facilitar a chegada dos refugiados durante o fim de semana. “A população em geral mostrou uma imagem do nosso país que nos permite sentir um pouco de orgulho”, disse.

O vice-chanceler e ministro da Economia da Alemanha, Sigmar Gabriel, disse que o país irá acolher este ano cerca de 800 mil refugiados e está disposto a superar esse número a longo prazo, mas é necessário o apoio de outros países europeus. Gabriel acrescentou ainda que a situação atual vai ser enfrentada com um misto de confiança e realismo.

“Confiança porque as pessoas mostraram a sua disposição de ajudar e realismo porque temos que ter claro que também haverá problemas e conflitos e quanto mais abertamente falarmos disso mais êxito teremos em desmistificar os receios de alguns”, disse Gabriel.

Os partidos do governo concordaram, em reunião que terminou esta madrugada, com uma série de medidas que deverão passar pelo Parlamento antes do fim de outubro.

Entre elas, a destinação de 3 bilhões euros adicionais ao orçamento federal de 2016 para a ajuda aos refugiados. Esses fundos deverão ser repartidos entre os estados federais e os municípios. Os estados federais vão ter mais 3 bilhões destinados ao mesmo fim. O orçamento de 2015 havia destinado 1 bilhão de euros para o mesmo propósito.

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