Pai e irmão de morto em aeroporto de Paris são detidos; homem era fichado
O pai e o irmão do homem morto neste sábado no aeroporto de Orly, em Paris, após atacar um militar do dispositivo antiterrorista, foram detidos, indicaram fontes próximas à investigação à imprensa francesa. Por enquanto não há informações sobre se essas detenções têm a ver com uma suposta cumplicidade ou para serem interrogados. A polícia revistou, além disso, o domicílio do indivíduo, na cidade de Garges-lès-Gonesse, ao norte de Paris.
Segundo a emissora France Info, o agressor morto era um cidadão francês de 39 anos residente dessa cidade do departamento de Val d’Oise. A emissora BFMTV indicou que o homem era fichado por fatos por crimes comuns e tráfico de drogas, mas que recentemente tinha saído de prisão e os serviços de inteligência o seguiam por sua suposta radicalização.
Ao volante de seu carro, um Renault Clio, o indivíduo foi parado por um controle policial por volta das 6h50min local (3h50min, em Brasília) na cidade de Garges-lès-Gonesse, momento no qual disparou contra uma agente. Posteriormente, se dirigiu ao sul da capital e na cidade de Vitry, vizinha de Orly, roubou um carro e ameaçou os clientes de um bar, segundo o relato do ministro do Interior, Bruno Le Roux. Esse veículo foi achado no estacionamento de Orly, afirmou BFMTV.
O indivíduo entrou no aeroporto, aparentemente com sua arma, e tratou de roubar a arma de uma agente, a quem segundo testemunhas apontou na cabeça, antes de ser morto por outros policiais que também patrulhavam o aeroporto.
Fichado
O homem morto neste sábado no aeroporto parisiense de Orly ao tentar roubar uma arma de um militar era fichado pela polícia e pelos serviços de inteligência, informou o ministro francês Bruno Le Roux. Em entrevista no próprio aeroporto, Le Roux confirmou que esse mesmo homem tinha aberto fogo uma hora e meia antes contra um controle da polícia, ferindo um agente.
Sem precisar os motivos pelos quais era fichado, o ministro afirmou que o homem estava nos arquivos tanto da polícia como dos serviços de inteligência. Le Roux não se referiu aos fatos de forma explícita como um atentado, mas a investigação foi encarregada à seção antiterrorista da Promotoria de Paris, disseram as fontes do Ministério Público.
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