Pais de americana que EI diz ter morrido em ataque creem que ela está viva
Washington, 7 fev (EFE).- Os pais da americana Kayla Müller, que segundo o Estado Islâmico (EI), que a tinha como refém, morreu em um bombardeio da Força Aérea da Jordânia, acreditam que sua filha esteja viva e querem falar com o grupo jihadista.
Em um carta divulgada neste sábado pela imprensa americana, Carl e Marsha Müller se referem à notícia divulgada nesta sexta-feira pelo EI de que a jovem voluntária de trabalhos humanitários, de 26 anos, morreu em um ataque de aviões jordanianos a suas bases, apesar de não ter apresentado provas de sua morte.
“Esta notícia nos deixa preocupados. No entanto, ainda temos esperança de que Kayla continue viva”, afirmam os pais.
A jovem, natural do estado do Arizona, foi sequestrada em 4 de agosto de 2013 e, desde então, a família Müller tinha guardado “silêncio” para não prejudicar uma possível libertação da jovem, cujo nome se tornou público nesta sexta-feira pelo próprio EI.
Os pais afirmam ter mantido “comunicações prévias” com os sequestradores, a quem imploraram para que voltem a entrar em contato com eles.
“Vocês – escreveram – nos disseram que tratariam Kayla como convidada. Como convidada, sua segurança e bem-estar continuam sendo sua responsabilidade”, disseram.
“A mãe de Kayla e eu fizemos todo o possível para que ela fosse liberada de forma segura. Neste momento, lhes pedimos que, se estão com Kayla, entrem em contato conosco em particular”, acrescenta a carta.
A organização americana Site Intelligence, que rastreia mensagens jihadistas, alertou nesta sexta-feira para uma mensagem dos extremistas islâmicos, que alegam que o edifício onde estava a jovem, voluntária humanitária na fronteira entre Turquia e Síria, foi destruído em um bombardeio na cidade síria de Al Raqqah, reduto do EI.
Na mensagem, o EI revelou o nome da jovem, algo que o governo dos Estados Unidos havia tentando manter em sigilo enquanto negociava discretamente sua libertação.
O governo dos EUA afirmou ontem que está tentando determinar a veracidade da informação dos jihadistas, pois não dispõe de “nenhuma prova para corroborar as afirmações do EI”.
Kayla, membro da ONG “Support to Life”, trabalhava com voluntários espanhóis da organização humanitária Médicos Sem Fronteiras quando foi sequestrada em 2013. EFE
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