Pais dos 43 mexicanos desaparecidos pedem que filhos sejam lembrados no Natal

  • Por Agencia EFE
  • 24/12/2014 19h48
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Cidade do México, 24 dez (EFE).- Os pais dos 43 estudantes que desapareceram no México pediram nesta quarta-feira à comunidade internacional que não se esqueça de seus filhos e que pressione o governo de Enrique Peña Nieto a dar respostas depois de três meses de incertezas.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, os pais dos alunos da Escola Normal Rural Raúl Isidro Buergos, em Ayotzinapa, no estado de Guerrero, lembraram o Natal do ano passado como uma celebração alegre em companhia dos filhos. Desta vez, porém, não haverá festejo para eles, mas não também para o governo mexicano, do qual exigem resultados na busca dos jovens.

Os 43 estudantes desapareceram na noite de 26 de setembro após vários ataques a tiros efetuados por policiais municipais e ordenados pelo então prefeito de Iguala, José Luis Abarca, nos quais morreram seis pessoas e 25 ficaram feridas.

Segundo a investigação oficial, os jovens foram detidos pelos policiais e entregues ao cartel Guerreros Unidos, que supostamente os assassinou e os incinerou em um lixão de um município vizinho, uma versão na qual os parentes não acreditam. Epifanio Álvarez, pai de Jorge Álvarez Nava, lamentou se tratar de “um Natal muito triste”.

“Vivos eles foram levados e vivos os queremos. Exigimos ao governo que se coloque a procurá-los ou que nos dê respostas porque já são três meses que não sabemos nada de nossos filhos”, declarou Nava.

“Nossas autoridades não fizeram nada”, criticou María Inés Abraján, tia de Adán Abraján, que pede à comunidade internacional que exija ao governo de Peña Nieto uma solução aos problemas atravessados pelos municípios mexicanos. “Desejamos a vocês um feliz Natal e (esperamos) que não se esqueçam de nós”, acrescentou.

Os pais realizaram na noite desta quarta um protesto em frente à residência presidencial de los Pinos para exigir a aparição das vítimas, sob o lema “Nem Natal, nem Ano Novo. Vivos foram levados, vivos os queremos!”. EFE

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