Países árabes acreditam que acordo com Irã contribuirá para paz na região
Cairo, 3 abr (EFE).- Vários países árabes expressaram nesta sexta-feira sua confiança de que o princípio de acordo nuclear alcançado ontem entre o Irã e o Grupo 5+1 contribuirá para a segurança, estabilidade e paz na região.
Na Síria, uma fonte de alto escalão do Ministério das Relações Exteriores qualificou em um comunicado de “positivo” o pacto, que considerou “uma nova contribuição da República Islâmica do Irã para consolidar a paz e a segurança internacional e diminuir a tensão na região e no mundo”.
A Síria “aprecia os esforços exercidos pelos representantes do governo iraniano para defender os interesses de seu país e seu direito de usar energia nuclear com fins pacíficos”, afirmou a nota, publicada pela agência de notícias oficial “Sana”.
Além disso, a fonte ressaltou “a importância dos Estados ocidentais cumprirem com o levantamento das sanções econômicas impostas há longos anos e sem nenhum direito sobre o povo iraniano”.
O rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdelaziz, disse por telefone ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que o acordo final deve reforçar a segurança e a estabilidade internacional e da região.
Obama expressou a Abdelaziz sua disposição para conseguir a desejada paz e estabilidade no Oriente Médio.
No Líbano, o chefe do parlamento, Nabih Berri, afirmou que seu país tem muito a ganhar com o acordo, um “passo importante” para as soluções das crises regionais.
Além disso, o grupo xiita libanês Hezbollah classificou o acordo de “conquista histórica, resultado da longa luta do povo iraniano, sob a direção sábia, consciente e valente de seus líderes, que não renunciaram aos direitos de seu povo frente aos poderes coloniais”.
No Iraque, o ministro das Relações Exteriores, Ibrahim al-Jaafari, comemorou e afirmou que o entendimento era “importante”.
Além disso, disse que o pacto representa “um passo para a paz na região do Oriente Médio, que foi afetada recentemente por muita instabilidade”.
O Irã é aliado do governo do presidente sírio, Bashar al Assad, e inclusive enviou combatentes para a Síria para lutar junto às forças governamentais contra grupos opositores, que, em alguns casos, são apoiados pelo Catar e Arábia Saudita, um dos principais rivais de Teerã na região, junto a Israel.
Ontem, o regime de Teerã e o chamado Grupo 5+1 (integrado pelas cinco potências com direito a veto no Conselho de Segurança, Estados Unidos, Rússia, China, França e o Reino Unido, mais Alemanha) alcançaram um acordo de princípios em Lausanne, na Suíça.
O pacto poderá se tornar dentro de três meses um histórico tratado, que colocará fim a doze anos de conflito nuclear com a República Islâmica. EFE
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