Países árabes apoiam ofensiva aérea egípcia contra EI na Líbia

  • Por Agencia EFE
  • 18/02/2015 16h31

Cairo, 18 fev (EFE).- A maioria dos países árabes mostraram nesta quarta-feira seu respaldo à recente ofensiva aérea levada a cabo pelas Forças Armadas do Egito contra posições do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na cidade de Derna, no norte da Líbia.

Segundo um comunicado divulgado ao término de uma reunião dos delegados permanentes da Liga Árabe, essa ação militar aconteceu “em parceria com as autoridades legítimas da Líbia e como resposta ao assassinato terrorista covarde” de 21 coptas (cristãos egípcios) pelo EI.

Os membros da Liga Árabe disseram que apoiam o Egito “em sua guerra contra o terrorismo e todas as medidas que tomou para acabar definitivamente com este fenômeno perigoso”.

Destacaram o direito do Egito e do resto de países árabes à “legítima defesa e à proteção de seus cidadãos contra qualquer ameaça, de acordo com a carta da Liga Árabe e da ONU”.

No caso concreto da Líbia, a Liga Árabe expressou a importância de encontrar uma solução política e suspender o embargo de armamento ao exército líbio.

O único país que mostrou reservas nesse último ponto e no apoio aos bombardeios egípcios na Líbia foi o Catar, que está a favor do governo de Trípoli e criticou os ataques do general sublevado Jalifa Haftar – aliado do Egito – contra as milícias islamitas líbias.

O governo líbio, escolhido nas eleições de 25 de junho, presidido por Abdullah Al-Thani, conta com reconhecimento internacional e se reúne provisoriamente na cidade de Tobruk, 1.500 quilômetros ao leste de Trípoli, enquanto a instabilidade continua na capital, onde várias milícias disputam o poder.

De modo geral os países árabes reiteraram no comunicado seu compromisso de colaborar para pôr fim às fontes de financiamento dos grupos terroristas.

Também solicitaram que a comunidade internacional assuma sua responsabilidade humanitária e de segurança para atuar de forma “imediata e eficaz” contra todos os grupos extremistas, que têm “os mesmos objetivos de destruição e ódio”.

A aviação egípcia bombardeou na segunda-feira várias posições na Líbia das milícias islamitas vinculadas ao grupo Estado Islâmico em resposta ao vídeo divulgado que mostrava o assassinato de 21 coptas.

O presidente do Egito, Abdel Fatah al Sisi, pediu uma resolução do Conselho de Segurança da ONU para que possa haver uma intervenção internacional na Líbia. EFE

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