Países da África Ocidental pedem que voos à região sejam retomados

  • Por Agencia EFE
  • 29/08/2014 06h02

Acra, 29 ago (EFE).- Os países de África Ocidental pediram às companhias aéreas que retomem suas operações nos países afetados pela epidemia de ebola porque a restrição está afetando social e economicamente a região.

A retomada dos voos permitirá abastecer imediatamente estes países com provisões médicas e outro tipo de assistência para conter a propagação atual do vírus, explicaram os ministros da Saúde da região em um comunicado conjunto emitido na noite de quinta-feira.

O pedido aconteceu depois de os titulares de saúde do leste da África e representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) participassem ontem em uma cúpula realizada em Acra para promover medidas contra o surto de ebola que já matou 1.552 pessoas na região.

O diretor de a OMS para a África, Luís Sambo, também reiterou que o fechamento das fronteiras não é a solução para acabar com a doença, que já infectou 3.069 pessoas em Serra Leoa, Guiné, Libéria e Nigéria.

Apesar de a OMS desaconselhar esta medida repetidas vezes, companhias aéreas de diversos países, como British Airways e Quênia Airways, decidiram cancelar seus voos aos países atingidos pela epidemia.

Além disso, vários países como Quênia e África do Sul proibiram a entrada de passageiros vindos destes países em uma tentativa de conter a epidemia.

Os ministros da saúde reivindicaram que se reabram as fronteiras porque o isolamento dos países afetados “dificulta sua produtividade econômica”.

“Os países devem se consultar mutuamente e procurar seguir as opiniões da Organização da Saúde de África Ocidental e da OMS sobre a necessidade de as fronteiras serem fechadas de maneira excepcional”, apontou o comunicado.

Os ministros também pediram à comunidade internacional que dê apoio financeiro à pesquisa científica, assim como estabeleçam corredores humanitários e econômicos para a população afetada.

Foi anunciada ainda a criação de um comitê de vigilância, formado por todas os titulares de saúde dos países afetados, que coordenará o trabalho de controle do surto.

No comunicado, os ministros também pediram que a população da região “não entre em pânico” e siga as recomendações dos especialistas sanitários.EFE

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