Países de UE se comprometem a cooperar em cinco pontos em apoio a refugiados

  • Por Agencia EFE
  • 05/09/2015 12h39
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Luxemburgo, 5 set (EFE).- Os ministros de Relações Exteriores da União Europeia (UE) se comprometeram neste sábado a reforçar sua cooperação em cinco pontos para enfrentar a crise de refugiados que incluem garantir sua proteção e o respeito aos direitos humanos, e ampliar o apoio financeiro a países africanos.

“Acabou o jogo de jogar a culpa uns em outros e chegou o momento de tomar medidas”, afirmou a chefe da diplomacia da UE, Federica Mogherini, ao término de dois dias de reuniões informais dos ministros das Relações Exteriores nos quais debateram a questão migratória e a situação dos refugiados.

“Todos encaramos um evento dramático que está aqui para ficar. Quanto mais rápido possível o aceitarmos psicológica e politicamente, mais cedo seremos capazes de responder de maneira efetiva”, declarou Mogherini.

Apesar de se tratar de uma reunião informal na qual não podem tomar decisões formais, os ministros se colocaram de acordo para atuar em cinco pontos.

Mogherini disse que os países se comprometem a assegurar proteção das pessoas que precisarem, lidar com a situação no total respeito aos direitos humanos, lutar contra o tráfico humano, reforçar a associação com os países de origem e trânsito e abordar os acordos de readmissão e devolução, e além de tratar as raízes da chegada de refugiados.

A política italiana afirmou que, há poucos meses, a questão migratória de refugiados era “só de Itália, Malta, ou Espanha”, e “hoje é principalmente de Grécia, Hungria, Áustria, Alemanha e pode afetar outros países-membros no futuro”.

“Espero que finalmente nos demos conta de que estas pessoas vêm à Europa, e não a um ou outro país-membro”, frisou.

Na próxima quarta-feira, a Comissão Europeia apresentará uma estratégia para o recebimento e divisão de outros 120 mil refugiados entre os países-membros, assim como uma lista de “países seguros”, uma medida destinada a agilizar a tramitação – e em parte a rejeição – dos pedidos de asilo de refugiados, que incluirá países candidatos a entrar na UE como Albânia, Macedônia, Montenegro, Sérvia e Turquia.

“Temos que encontrar maneiras de compartilhar responsabilidades, nisso todos estamos de acordo”, afirmou Mogherini, que lembrou que a CE defende um sistema de cotas obrigatório, porque um sistema voluntário “tornaria as decisões mais difíceis e menos imediatas”, em um momento em que “não se pode perder tempo”. EFE

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