Países do centro e do sul da Europa intensificam cooperação contra jihadistas

  • Por Agencia EFE
  • 20/03/2015 16h35

Viena, 20 mar (EFE).- Os ministros do Interior e das Relações Exteriores de dez países do centro e do sul da Europa concordaram nesta sexta-feira, em Viena, em intensificar sua cooperação mútua, assim como com a União Europeia e com Europol, na luta contra os jihadistas.

“Estou muito contente com a intensificação da cooperação com os países dos Bálcãs ocidentais”, disse à imprensa o chefe da diplomacia austríaca, Sebastian Kurz, após a reunião.

Participaram da reunião ministros de Itália, Eslovênia, Croácia, Albânia, Bósnia, Kosovo, Macedônia, Montenegro, Sérvia e Áustria.

No encontro, ao qual também compareceu o comissário europeu de Imigração, Interior e Cidadania, Dimitris Avramopoulos, os presentes coincidiram em opinar que a reação contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) foi muito tardia e que agora precisarão de tempo.

“A luta contra este problema requer tempo, e somente juntos poderemos triunfar”, disse Avramopoulos, segundo a agência austríaca “APA”.

O comissário europeu advertiu que o número de cidadãos estrangeiros que passam a fazer parte das fileiras do EI “cresce dia a dia”.

Ivica Dacic, ministro das Relações Exteriores da Sérvia e presidente rotativo da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), lembrou que o EI apareceu pela primeira vez em 2006, enquanto a coalizão internacional contra os jihadistas foi formada em 2014.

“O que fizemos nesses oito anos?”, se perguntou Dacic. “O que estamos fazemos agora está bom. Mas a lição é que permitimos que eles se fortalecessem durante anos”, acrescentou.

Os ministros concordaram nesta sexta-feira que é necessário fornecer uma formação mais especializada às autoridades fronteiriças para que possam impedir a entrada e a saída de extremistas dispostos a usar a violência.

Além disso, foi estabelecido que a cooperação dos países da região deverá ser intensificada com a Europol, com o coordenador da luta contra o terrorismo da UE, assim como com a Frontex (Agência europeia para a gestão das Fronteiras Exteriores dos Estados comunitários).

Mas a máxima prioridade estabelecida é que todos os países transmitam o mais rápido possível à Europol qualquer informação sobre jihadistas. EFE

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