Países em desenvolvimento sem litoral reivindicam legislação mundial
Redação Central, 15 jul (EFE).- O grupo de países em desenvolvimento sem litoral da ONU, reunido de 14 a 16 de julho em Almaty (Cazaquistão) reivindica uma legislação mundial para proteger seus interesses, segundo um comunicado enviado à Agência Efe.
No encontro, o secretário adjunto das Nações Unidas, Gyan Chandra Acharya, disse que o nível de pobreza diminuiu nestes países, “mas 40% da população vive abaixo da linha da pobreza.”
O representante da ONU classificou o programa de ação de Almaty como uma ferramenta para os países em desenvolvimento e sem saída ao mar que “melhorou sua situação macroeconômica e, portanto, estes captaram investimento estrangeiro”.
O programa de Ação de Almaty (APA, na sigla em inglês) contém a legislação e as recomendações relativas à política de transporte e desenvolvimento de infraestruturas, assistência financeira e técnica dos países em desenvolvimento sem saída ao mar.
O ministro das Relações Exteriores do Cazaquistão, Erlan Idrissov, pediu “uma legislação mundial com caráter vinculativo, que proteja os interesses dos países sem litoral”.
Idrissov destacou que os esforços do Cazaquistão para presidir a Conferência da Carta da Energia em novembro deste ano é mais uma prova dos compromissos do Cazaquistão com os países sem saída ao mar, segundo o comunicado.
O secretário-executivo do Ministério dos Transportes e Comunicações, Zamir Saginov, declarou que o tráfego entre Ásia e Europa é prioritariamente marítimo. Ele ressaltou a reorientação da rota de passagem entre China e a UE de forma que o Cazaquistão em 2020 alcance um volume de 8% em transporte por terra.
A reunião de Almaty é preparatória para a Conferência de Viena que será realizada em novembro para revisar a APA. EFE
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