Países reunidos em Londres reafirmam “compromisso” para derrotar o EI
Londres, 22 jan (EFE).- Os ministros de Relações Exteriores de 21 países reunidos nesta quinta-feira em Londres reafirmaram seu “compromisso” para derrotar o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), informou após o encontro o chefe da diplomacia britânica, Philip Hammond.
“Na reunião de hoje confirmamos nossa determinação para derrotar não só o EI, mas a ideologia por trás dele. Não só no Iraque e na Síria, mas em qualquer lugar onde se encontre”, disse Hammond em entrevista coletiva.
Por sua parte, o secretário de Estado americano, John Kerry, que copresidiu o encontro na capital britânica, alertou que a ameaça do EI é um “problema global” que requer uma “resposta global”.
Este grupo “reduzido” da coalizão internacional formada para enfrentar o EI coordenou durante a reunião de hoje seus esforços para derrotar o grupo em “diversos frentes”, explicou Kerry.
Além dos ataques aéreos que estão sendo realizados sobre Síria e Iraque e os trabalhos de treinamento do exército iraquiano, o secretário de Estado americano ressaltou a importância dos planos para “drenar” economicamente o grupo jihadista e tentar impedir que recrute novos combatentes.
“Queremos assegurar-nos que estamos todos sincronizados, que podemos realizar cada uma de nossas linhas de esforço tão rápida e eficientemente como seja possível”, acrescentou Kerry, que insistiu que o objetivo da coalizão internacional é derrotar não só o grupo extremista, mas “aquilo que representa como ideia”.
O secretário americano afirmou, além disso, que pessoal da coalizão começará a treinar em breve tropas da oposição síria – em países como Turquia, Catar e Arábia Saudita – para que enfrentem os combatentes do EI no terreno.
Kerry ressaltou ainda que a reunião sobre segurança que o presidente americano, Barack Obama, organizará no próximo dia 18 de fevereiro em Washington servirá para continuar avançando na estratégia global antiterrorista.
O diplomata americano ressaltou a importância das contribuições dos 60 países do grupo “ampliado” que luta contra o grupo extremista, que se reunirá de novo durante este ano.
“Todos os países fazem contribuições vitais neste empenho. Seja acolhendo refugiados, treinando militares na Síria e Iraque”, ou com contribuições “ideológicas”, destacou o americano.
Por sua vez, Hammond ressaltou o trabalho que a Turquia está fazendo para tentar deter os jovens que tentam atravessar a fronteira com a Síria para unir-se à luta dos jihadistas, cujo retorno aos países ocidentais elevou o alarme na Europa e nos Estados Unidos por possíveis atentados.
“Venceremos o EI não só pela força, mas afundando suas finanças e impedindo que se nutram de combatentes estrangeiros”, ressaltou Hammond, que assegurou que a via militar está “ajudando a conter o avanço” dos jihadistas no Iraque e na Síria.
Além de avaliar o resultado dos bombardeios realizados até agora na região, os responsáveis das Relações Exteriores dos 21 países reunidos em Londres analisaram as medidas tomadas para treinar as forças de segurança iraquianas.
“Estamos ajudando-lhes a fazer o EI retroceder e a restabelecer a soberania iraquiana em todo o território do Iraque”, disse Hammond.
O ministro britânico reiterou, além disso, o apoio por parte dos países da coalizão ao primeiro-ministro iraquiano, Haider al Abadi, a quem felicitou pelos “progressos que alcançou desde que formou governo”, no último mês de setembro. EFE
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