Palestina agradece apoio à resolução do Conselho de Direitos Humanos da ONU
Jerusalém, 3 jul (EFE).- O ministro das Relações Exteriores da Palestina, Riyad al-Maliki, agradeceu nesta sexta-feira o Conselho de Direitos Humanos da ONU por adotar uma resolução que condenou a impunidade dos responsáveis por crimes cometidos durante a ofensiva do ano passado em Gaza.
“Não há caminho para a justiça e a paz sem responsabilidade”, assinalou o titular das Relações Exteriores em comunicado, em que agradeceu o apoio internacional à exigência de que os culpados de crimes contra a humanidade cometidos em Gaza respondam por isso.
“Não aceitaremos que os crimes repetidos contra nossa gente fiquem sem castigo”, afirmou al-Maliki no documento, que lembrou que “famílias inteiras foram aniquiladas” nos 50 dias da operação militar israelense na Faixa de Gaza.
“Temos uma obrigação de acabar com a impunidade, por eles, pela família de Mohammed Abu Jdeir e por tantas outras famílias palestinas, por nosso povo sob ocupação, bloqueado e privado de seus direitos inalienáveis, e para impedir que estes crimes continuem a acontecer”, acrescentou.
O Conselho de Direitos Humanos da ONU adotou hoje por uma arrasadora maioria (41 votos a favor, cinco abstenções e um contra, o dos EUA) uma resolução que pede que todas as partes envolvidas no conflito da Palestina colaborem com a investigação preliminar realizada pelo Tribunal Penal Internacional (TPI).
O Conselho se mostrou “alarmado pela prolongada e sistemática impunidade das violações do direito internacional, o que permitiu a repetição de graves violações sem que houvesse consequências”.
Uma missão de investigação criada pelo mesmo Conselho lamentou recentemente que os responsáveis pelos graves crimes ocorridos na ofensiva não tenham sido julgados.
A resolução lamentou a falta de cooperação de Israel com essa missão “e sua recusa em permitir o acesso dos organismos internacionais de direitos humanos” para investigar supostas violações do direito internacional nos territórios palestinos ocupados, incluída Jerusalém Oriental.
A comissão acusou tanto as Forças Armadas israelenses como os grupos armados palestinos de cometer atrocidades que podem constituir crimes de guerra durante os confrontos de julho e agosto de 2014, que mataram 2.251 palestinos (1.462 deles civis e 551 crianças) e 67 soldados e seis civis do lado israelense. EFE
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