Palestina ajudará a aproximar Espanha e Venezuela, se Maduro permitir

Caracas, 18 mai (EFE).- O ministro de Relações Exteriores da Palestina, Riad al-Maliki, disse nesta sexta-feira que seu país está disposto a mediar uma aproximação entre Espanha e Venezuela se o governo venezuelano permitir.

“Se nos permitirem claro, por que tudo depende de o governo da Venezuela nos permite fazê-lo”, disse Riad al-Maliki ao chegar ao país.

Maliki está em visita oficial à Venezuela para reuniões e para participar de uma “conferência de embaixadores palestinos” da América do Sul que será realizada amanhã em Caracas.

“Tudo depende da decisão que pode ser tomada pelo governo venezuelano, se nos derem a oportunidade de fazê-lo teríamos todo gosto, se não, claro, o povo palestino estaria sempre ao lado do povo venezuelano para oferecer seu apoio, sua solidariedade”, disse o ministro.

Além disso, comentou que há dois dias esteve no Vaticano junto com o presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, e ali se apresentou ao ministro espanhol de Relações Exteriores e Cooperação, José Manuel García-Margallo.

“Veio ver o presidente palestino e nos pediu se poderíamos tentar fazer todo o possível da nossa parte, como palestinos, para aproximar as relações entre Venezuela e Espanha”.

García-Margallo informou no sábado que a diplomacia palestina poderia ter um papel mediador entre Madri e Caracas, após uma reunião em Roma com Riad al-Maliki.

“Na Venezuela não tenho como dizer quais foram as dificuldades colocadas com o anúncio de uma visita do ex-presidente Felipe González”, comentou, sobre a iniciativa do ex-chefe do governo espanhol de assessorar a defesa dos presos opositores Leopoldo López e Antonio Ledezma.

García-Margallo lembrou que essa visita “foi suspensa até o momento em que for fixada a audiência para processar a Leopoldo López”, que segundo a defesa ainda não foi marcada.

O ministro espanhol mencionou que sobre a situação na Venezuela foi tratada em reunião no Vaticano com o secretário de relações com os Estados, monsenhor Paul Richard Gallagher. EFE