Palestina denuncia “provocações” de Israel e alerta para possível violência
Nações Unidas, 22 set (EFE).- A Palestina denunciou nesta terça-feira perante a ONU as últimas “provocações” de Israel nos lugares sagrados de Jerusalém e avisou que está sendo criada a “receita perfeita” para que se intensifiquem os enfrentamentos e a violência.
“A situação é ainda extremamente tensa depois dos duros ataques da semana passada por parte das forças ocupantes israelenses junto a colonos extremistas contra devotos palestinos na Mesquita de Al-Aqsa”, assinalou em carta ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o representante palestino, Riyad Mansur.
Segundo as autoridades palestinas, apesar dos pedidos de calma da comunidade internacional, Israel “fez exatamente o contrário”.
“As últimas provocações, incitações e violações dos direitos humanos dos palestinos por parte de Israel, incluindo do direito à reza, claramente não vão fazer nada para restaurar a calma, mas criam a receita perfeita para que os confrontos e a violência se intensifiquem”, declarou Mansur.
Israel, que amanhã celebra o Yom Kippur, limitou o acesso à Mesquita de Al-Aqsa desde a noite da segunda-feira até novo aviso e permitirá a entrada no recinto apenas de homens de mais de 50 anos e mulheres de qualquer idade, medida que justificou pelos últimos confrontos violentos registrados no recinto sagrado.
Milhares de agentes da polícia e outros organismos encarregados de manter a ordem foram posicionados em Jerusalém Oriental e sua cidadela antiga, onde se encontram os principais santuários para as três principais religiões monoteístas, para evitar a repetição dos distúrbios da semana passada.
Dezenas de palestinos e pelo menos quatro oficiais da polícia de fronteiras israelenses ficaram feridos de diversa consideração – na maioria dos casos com quadros de asfixia por gás lacrimogêneo – nos últimos dez dias em enfrentamentos entre forças israelenses e palestinas.
Tudo isto no marco de protestos nos territórios ocupados de Jerusalém Oriental e Cisjordânia, que se desencadearam após confrontos e restrições na Mesquita de al-Aqsa. EFE
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