Palestinos reiteram vontade de negociar mas pedem compromisso de Israel

  • Por Agencia EFE
  • 03/04/2014 11h45

Jerusalém, 3 abr (EFE).- Os palestinos reiteraram nesta quinta-feira seu compromisso de negociar com israelenses e americanos até 29 de abril, data estipulada inicialmente para o fim das negociações, mas insistiram que para o diálogo avançar é necessário que Israel cumpra antes com sua promessa de libertar presos condenados antes dos Acordos de Oslo (1993).

Em declarações à Efe, Ashraf Khatib, porta-voz do Departamento de Negociações palestino, garantiu que a via aberta no meio do ano passado pelo secretário de Estado americano, John Kerry, está ainda aberta.

“Nossa posição é clara. Continuaremos as negociações até o último dia (29 de abril). E nos mantemos à espera de que se cumpra o compromisso adquirido por Israel de libertar (o quarta rodízio de) presos”, afirmou.

Khatib confirmou, além disso, que responsáveis de ambos os lados realizaram uma reunião de emergência em Jerusalém, para onde também se deslocou o enviado especial americano ao Oriente Médio, Martin Indyk.

O responsável palestino não deu detalhes do encontro, no qual, segundo a agência de notícias palestina “Maan”, ambas as delegações mantiveram as posturas que levaram ao desencontro.

Na reunião, de nove horas, o enviado de Kerry discutiu com os líderes de ambas as equipes, o palestino Saeb Erekat e os israelenses Tzipi Livni e Yitzhak Molcho, e com o chefe de inteligência palestina, Majid Faraj.

Segundo a “Maan”, aparentemente Indyk teve que apaziguar as tensões surgidas durante o encontro, que os palestinos qualificaram de “feroz batalha política”.

Elevando o tom da conversa, os palestinos manifestaram sua intenção de “negociar em nome do Estado da Palestina reconhecido pela ONU e não no da Autoridade (Nacional) Palestina, cujas entradas e saídas estão controladas por Israel”, explicou a agência.

Já o lado israelense ameaçou impor “infinitas” sanções sobre os palestinos, enquanto Erekat disse que iria denunciar os oficiais israelenses como “criminosos de guerra”. EFE

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