Palestinos se queixam à ONU por congelamento de fundos aplicado por Israel
Jerusalém, 6 jan (EFE).- A delegação da Palestina nas Nações Unidas apresentou uma queixa ao Conselho de Segurança da ONU pelo que considera o “roubo” dos impostos e taxas de alfândega que Israel arrecada em seu nome, após o recente pedido de adesão à Tribunal Penal Internacional (TPI).
“Israel reatou o roubo dos impostos palestinos em uma represália direta pelos passos legítimos e pacíficos da liderança palestina em sua busca de justiça e com o propósito de proteger o povo palestino”, afirma uma carta oficial enviada a Cristián Barros Melet, presidente do Conselho de Segurança.
A carta, datada de 5 de janeiro e que faz uma descrição das “flagrantes violações dos direitos humanos, desapropriação de casas e propriedades, detenções de milhares de civis e do bloqueio desumano (…) à Faixa de Gaza”, exige que o Conselho que intervenha para pôr fim a todos esses abusos.
Israel anunciou no domingo o congelamento das transferências mensais do dinheiro arrecadado para a ANP, cerca de 500 milhões de shekels (aproximadamente US$ 127 milhões), em resposta ao pedido de adesão da Palestina ao TPI.
Segundo a carta oficial, “a retenção dos impostos palestinos -fundos arrecadados por Israel e que o país é obrigado a transferir, segundo os acordos assinados- constituem um ato flagrante de roubo e de castigo coletivo”.
Ontem, em um comparecimento público, o presidente israelense, Reuven Rivlin, criticou o congelamento dos fundos estipulado pelo governo de seu país, ao considerar que ele “prejudica os interesses de Israel”.
Os Estados Unidos também expressaram sua oposição ao congelamento de fundos ao considerarem que a ação “aumenta as tensões”. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.