Palestrante da Campus Party, jovem de 13 anos é programador desde os 9
A Campus Party é um espaço democrático, aberto para todas as idades: desde os campuseiros mirins, que vêm ao maior evento de tecnologia do país acompanhados dos pais, até os palestrantes, que são mundialmente conhecidos ou ainda grandes promessas, como o jovem Jorge Tinoco.
Aos 13 anos e com um quociente de inteligência (QI) 153 – enquanto a média mundial é 100 – Tinoco foi palestrante na última quarta-feira (29/1) em um dos palcos da Campus, onde falou sobre a sua experiência como programador – atividade que começou a interessá-lo aos 9 anos de idade -, e sobre as dificuldades que crianças e adolescentes com altas habilidades, como ele, enfrentam no dia a dia das escolas do país. “As pessoas com uma inteligência maior, ou com facilidade em áreas específicas, recebem um conteúdo nas escolas que para elas é muito simples, fácil, e acaba diminuindo a performance que elas poderiam ter”, explica Jorge, que teve um período com notas muito baixas em matemática na escola, quando na realidade tem muita facilidade com números. “Decidi estudar todo o conteúdo até o 2º ano de uma vez só. Eu entendia, me divertia, achava desafio naquilo, diferente de quando eu estava na escola”, relata.
Leia mais notícias da Campus Party 2014
A programação entrou na vida de Jorge por curiosidade, depois que ele começou a frequentar um clube de robótica em sua cidade natal, Salvador (BA). A partir de então, ele conheceu a programação e, sozinho, passou a fazer pesquisas. “Foi a faísca pra eu me interessar. Aí fui procurando como as coisas eram feitas, queria entender além do que o usuário comum via”, conta.
Pela terceira vez na Campus Party São Paulo, ele usa o espaço como forma de conhecer novidades: “é aqui que eu conheço pessoas, tenho ideias novas”, diz. O adolescente afirma que sente falta de adaptação no sistema de ensino aos diferentes perfis de alunos: “é importante que o sistema saiba lidar com cada um nas suas habilidades”.
A educação deve ser o ramo de trabalho do jovem no futuro. Ele acredita que, em cinco anos, já deve ter uma empresa ou aplicativo em funcionamento. Jorge pensa, também, em estudar no exterior. Mas deseja aplicar seus conhecimentos no país natal. “Quero voltar pra cá, com esse conhecimento que eu vou adquirir no exterior, pra mudar o cenário daqui do Brasil”, planeja.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.