Papa advoga pede que estereótipos em relação ao Islã sejam evitados

  • Por Agencia EFE
  • 24/01/2015 11h08
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Cidade do Vaticano, 24 jan (EFE).- O papa Francisco advogou neste sábado por evitar “os esteriótipos e os preconceitos” em relação ao Islã e lembrou que “o melhor antídoto contra toda forma de violência” é a concepção da “diferença como riqueza e fecundidade”.

O pontífice se expressou deste modo durante uma audiência com os participantes de um encontro promovido pelo Pontifício Instituto para os Estudos Árabes e Islâmico (PISAI).

Francisco defendeu esta instituição ao dizer que “não se limita a aceitar os argumentos superficiais, que dão lugar a estereótipos e preconceitos”, mas “nos aproxima do outro sem levantar o pó que nubla a vista”.

“O trabalho acadêmico vai às fontes, cumula as lacunas, analisa a etimologia, propõe uma hermenêutica do diálogo e, mediante uma aproximação científica inspirada no estupor e na maravilha, é capaz de não perder a bússola do respeito mútuo e da estima recíproca”, disse o pontífice.

“Talvez nunca como agora seja advertida tal necessidade, porque o antídoto mais eficaz contra toda forma de violência é educar a descobrir e aceitar a diferença como riqueza e fecundidade”.

Franscico apontou que nos últimos anos e “apesar de algumas incompreensões e dificuldades”, houve avanços nas relação com o Islã e para isso foi “essencial escutar”.

“Isto não é só uma condição necessária em processo de compreensão recíproca ou de convivência pacífica, mas também é um dever pedagógico que nos permite reconhecer os valores dos outros, de compreender as preocupações que acompanham seus pedidos, de fazer aparecer as convicções comuns”, lembrou.

O diálogo com o Islã exige, segundo o papa, “paciência e humildade”, além de “um estudo profundo” pois “a improvisação pode ser contraproducente e inclusive causar mal-estar”.

Também é importante comparecer ao “encontro”, o que produz que quando nos aproximamos a outros fiéis nos questionemos nossa própria espiritualidade.

“Disto se gera o primeiro conhecimento sobre o outro. Se, além disso, se parte da ideia do comum pertinência à natureza humana, se podem superar os preconceitos e as falsidades e se começará a compreender ao outro com uma nova perspectiva”, abundou. EFE

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