Papa celebrará, pela primeira vez em seu pontificado, união de 20 casais

  • Por Agencia EFE
  • 13/09/2014 09h39

Cidade do Vaticano, 13 set (EFE).- O papa Francisco casará no domingo, pela primeira vez em seu pontificado, 20 casais da diocese de Roma, entre eles um formado por uma mulher divorciada e seu novo companheiro.

O ato vai acontecer na Basílica de São Pedro às 9h local (4h, em Brasília) e junto ao papa estarão o cardeal vigário de Roma, Agostino Vallini, o vice-gerente Filippo Iannone e 40 sacerdotes amigos dos noivos.

Francisco, como bispo de Roma, já realizou outros sacramentos como a confirmação e a ordenação sacerdotal, mas esta será a primeira vez que presidirá um casamento desde que fora eleito papa, em março do ano passado.

Deste modo, acentuará o papel da família na sociedade, onde, na sua opinião, “se aprende a conviver na diversidade e a pertencer aos outros e onde os pais transmitem a fé a seus filhos”.

O ato de amanhã tem especial relevância já que ocorrerá antes do Sínodo extraordinário de bispos sobre a Família que será realizado no Vaticano entre 5 e 19 de outubro e que deverá traçar a linha pastoral sobre esta instituição.

Entre os 20 casais, os mais jovens têm 28 e 25 anos enquanto os mais velhos têm 56 e 49.

Ao término da cerimônia, após saudar o pontífice na sacristia, os recém-casados irão para os jardins vaticanos para tirar fotografia na Gruta de Lourdes e compilar assim o clássico álbum de casamento.

Não é a primeira vez que um papa oficia esta cerimônia já que o papa e santo João Paulo II casou várias famílias durante o Encontro Mundial da Família de 1994 e durante o Jubileu de 2000, além de oficiar outras tantas uniões de caráter privado.

O casamento é um dos aspectos mais abordados pelo papa Francisco durante suas homilias ao considerar que essa união atravessa “uma crise cultural profunda”.

Recentemente o papa reconheceu que “é preciso ter coragem para se casar hoje em dia” e em múltiplas ocasiões minimizou a importância das discussões de casal ao lembrar que “não se deve chamar à ONU” após uma rixa de casal.

Francisco chegou inclusive a convocar um evento no dia de São Valentim no qual participaram 20 mil comprometidos provenientes de múltiplos países de todo o mundo.

Com sua habitual postura conciliadora, mostrou seu desejo de uma Igreja que “se aproxime” dos casamentos em crise e advogou por “não excluir” os cristãos divorciados. EFE

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